segunda-feira, dezembro 26, 2005

ah. não sei. não tenho assunto na verdade. nunca pensei que um dia eu não ia ter mais assunto. logo eu, que falo tanto. logo eu, logo agora. as vezes eu sinto que estou me deixando levar pelo vento, mas o mormaço anda tão grande que não tem nem uma brisa sequer.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

não aguento mais

barulho transito apto fechado cimento confinamento assalto tudo de novo de novo DE NOVO puta que pariu EU NÃO AGUENTO MAIS

vou-me embora para pasargada

domingo, novembro 27, 2005

[procurando palavras após o show do sonic youth]

ok, o flaming lips também foi legal (zinho). vamo combinar que eles tomaram um (só um?) ácido antes do show, é calaro. O MELHOR ERA VER AS PESSOAS SAINDO DE DENTRO DAS FANTASIAS! será que elas são contratadas? tipo, "funcionários do flaming lips". tinha um até que que tava de papai noel (não o que tocava guitarra também, um outro) que ajudava os outros animais. devia ser tipo um funcionário responsável pela ordem dos bichos no palco. aí tinha uma hora que eles descansavam um pouco e até tiravam a cabeça, pra refrescar. será que esse funcionário ficava "EIEIEI, você já está sem sua cabeça por muito tempo, ponha de volta". vai saber, uma brisa só.

o iggy pop achei mt graça.
ele deve ter ido a tarde comprar uma calça da gang pra fazer o show a noite.

mas o sonic youth... não tem palavras. não deu pra acreditar quando eles entraram no palco, tão lindinhos. cara, eles podem vir de ny e fazer microfonia nos meus ouvidos o tempo que eles quiserem, sinceramente. eles podem. o thurston pode tocar guitarra com o cabelo no rosto, e a kim gordon pode usar aquele vestidinho e ter ataque no palco. eles podem fazer todos os clichés do rock, pq eles que inventaram. ai, e quando, na primeira música, a kim gordon começou a cantar... a voz igualzinha há não sei qtos anos atrás. arrepios. sem explicação. o melhor show do ano.

e o melhor casal também. eu acredito em amor depois dessa. eles tocam um olhando pro outro. e eles tem uma filhota (será que é verdade que ela é amiga da francis bean?? FAÇA ME O FAVOR NÉ? SÓ O QUE ME FALTA).

ah cara, que droga. quero um parzinho assim pra mim também.

(romantismo barato regado com diamond sea)

quarta-feira, novembro 23, 2005

[café + dipirona + antinflamatório]

dor de cabeça lateja tontura coração bate sobe dos pés a cabeça confunde as perspectivas ou simplesmente não há carros espelhados nos prédios pintados sem perspectivas que confundem meu cérebro lateja roda dói junto com a água sanguinolenta que escorre pelo nariz aspirando as perspectivas erradas poluidas dos prédios que refletem refletem refletem assim como a cabeça lateja lateja lateja vai embora o pensamento alívio vai embora o pensamento nervoso vão embora todos os pensamentos latejantes a dor vai reflete nos prédios de perspectiva estranha, de linhas tremidas pelo sol que escalda os vidros derrete o insulfilme contenedor do ar condicionado ar ar ar cabeças latejantes juntas atrás daquelas malditas linhas trêmulas aspiradas todas de uma vez derretendo no sangue como o açucar derrete no café docinho docinho onde mergulho meus olhos latejantes condicionados pelo ar que se esgueira errado por aquela perspectiva estranha da minha cabeça

domingo, novembro 20, 2005

já diria a poetisa ana carolina

"as coisas mudam e eu espero que nada aconteça"

mas grazadeus acontece. hihihihi

terça-feira, novembro 15, 2005

"as vezes me dá uma vontade tão grande de te abraçar, de deitar no seu peito como tantas vezes eu já deitei na vida, sabe, de te abraçar forte, tão forte como se não houvesse esse oceano infinito de coisas que nos separam."

escreveu o bilhete e pôs ao lado do travesseiro. beijou-lhe os lábios ainda quentes da noite dormida e foi-se.

segunda-feira, novembro 07, 2005

stop.

o tempo parou ou são meus dias que têm sido iguais mesmo?

domingo, novembro 06, 2005

pérolas

[fim de semana]

dormir 12 horas. acordar cedo. feira. abacaxi. solzinho. arcade fire. dar risada. cozinhar. ir pro sambinha a tarde. domingo.

[fim da novela]

"ué... a flor tá chorando? ela não é cega?"

sexta-feira, novembro 04, 2005

[considerações sobre a vida - updated]

eu já... fui em show de bandas que eu considero do caralho
eu já... viajei com uma pessoa que eu amo e foi demais
eu já... fique com várias pessoas numa noite só
eu já... trepei e fiquei com ressaca moral no dia seguinte
eu já... fingi um orgasmo
eu já... menti pra ser aceita
eu já... menti pra mim mesma
eu já... menti pros meus pais
eu já... enchi a cara de vodka e vomitei
eu já... enchi a cara de cerveja, de tequila, de vinho, de pinga
eu já... fumei maconha até achar que eu nunca mais iria ficar lúcida
eu já... tomei tantas coisas juntas, fiquei tão louca e me diverti tanto
eu já... me diverti sóbria
eu já... fiz aula de ginastica olimpica, de volei e de futebol
eu já... quis ser agente do fbi, astronauta, astronoma
eu já... quis ter uma banda de rockeu já... virei noites e noites na internet
eu já... virei noites e noites conversando e conhecendo uma pessoa que eu amei
eu já... amei alguem obssessivamente como nunca mais quero amar
eu já... pensei que tinha encontrado a pessoa com quem vou viver minha vida inteira
eu já... me senti rejeitada, um lixo, incapaz, incompetente de fazer qualquer coisa direito
eu já... me senti boa demais pras outras pessoas do mundo
eu já... me senti a pessoa mais feliz do mundo andando na rua com a pessoa que eu amo
eu já... chorei de bêbada
eu já... bati o carro e dei graças a deus pq não morri
eu já... tive medo de ficar louca
eu já... tomei vários "nãos" na cara
eu já... fui atrás de alguém na rodoviaria, que já tinha subido no onibus, e falei "não, desce e fica comigo, desculpa"
eu já... chorei em público
eu já... surtei e gritei com todo mundo
eu já... andei a pé de madrugada pelas bocadas de sp, de taubaté, de pinda, do rio de janeiro, de londres, de birmigham
eu já... dancei até fazer bolhas no pé
eu já... gritei pela janela de um carro em movimento
eu já... fui dormir abraçada com alguém e pensei que aquele era o melhor momento do mundo
eu já... bati o pé, mesmo sabendo que estava errada
eu já... fiquei com mt raiva de alguém, e algumas horas depois já estava no maior papo com a pessoa
eu já... fiz pessoas chorarem por minha causa
eu já... chorei por muita gente
eu já... pulei refeições pq achava que estava gorda
eu já... nadei de noite, nadei pelada, nadei bebada
eu já... escrevi coisas e pensei "poxa, que legal o que eu escrevi"
eu já... pensei várias vezes que estivesse grávida
eu já... gozei num onibus de viagem vazio com alguém batendo uma pra mim
eu já... fiz sexo em banheiro público, em uma sala de aula, em um cinema, no quarto da minha mãe, no quarto de empregada com minha vó na cozinha, na balada
eu já... passei a noite numa estação de trem e num aeroporto estrangeiros
eu já... fui expulsa de um trem por um oficial eslovaco com cara de nazista
eu já... almocei por semanas com os drogados e sem teto de londres
eu já... tive tanto frio que achei que nunca mais fosse esquentar
eu já... bebi perfume pq achava que mais nada resolvia
eu já... me cortei até sangrar
eu já... li livros que eu nunca soube como puderam mexer tanto comigo
eu já... ouvi música e pensei que era a melhor coisa do mundo
eu já... comi compulsivamente até passar mal
eu já... quis fazer filmes porque pouca gente fazia filmes que mexessem de verdade comigo (mas mesmo assim esses poucos eram suficientes pra eu adorar cinema)
eu já... tive a certeza que tinha milhões de amigos
eu já... me senti a pessoa mais sozinha do mundo
eu já... bebi tanto achando que não estava bêbada e fui para o hospital
eu já... fui expulsa de uma balada em londres porque estava fumando haxixe
eu já... cheirei coca até meu nariz sangrar
eu já... me fiz de forte, quando o que mais queria era colo
eu já... achei que eu era a mãe e minha mãe era a filha irresponsável
eu já... matei aula pra tomar cerveja as 10h da manhã
eu já... tomei pinga com suco em pó de manhã porque queria ficar bêbada
eu já... tomei café de manhã até ficar tremendo porque queria escrever
eu já... pensei "pra que namorar se a gente tem amigos?"
eu já... pensei "pra que amigos se a gente namora?"
eu já... pensei, no reveillon, que no próximo ano tudo ia ser diferente e eu ia fazer tudo certo
eu já... achei que era madura suficiente para casar
eu já... achei que eu ia ter eternamente 17 anos
eu já... fugi de casa para ir num show do ratos de porão
eu já... achei que nunca conseguiria ser fiel a alguém
eu já... tive vontade de ficar com uma pessoa só pelo resto da minha vida
eu já... tive certezas concretas que desapareceram em horas, minutos, segundos
eu já... quis ter filhos
eu já... achei que minha vida era uma merda
eu já... achei que minha vida era a melhor do mundo
[a segurança do "ou não"]

a gente pode pensar que sim, as coisas podem acontecer daquele jeito. que nosso futuro pode ser assim assim e assado. que a gente vai trabalhar, ganhar dinheiro, casar, ter casa, família, responsabilidade.

ou não.

ou as coisas podem ir por um caminho completamente diferente. ou a gente pode ser surpreendido pelo futuro. pelas casualidades. e naquele momento que a gente encostar a cabeça na parede de trás a gente pode se dar conta de tudo que poderia ter sido. e foi.

ainda bem.

sexta-feira, outubro 28, 2005

to doente. faz dias. rouca. tosse. falta de ar. asma. sei lá.

um dia acordei ruim e pensei "porra, to doente e ainda to sozinha, sem ninguém pra cuidar de mim". ai logo eu pensei que mesmo qdo eu não tava sozinha não cuidavam de mim, então, na verdade dava no mesmo. fiz café e sai.

consolaçao, quiet down, i need to make a sound.

segunda-feira, outubro 24, 2005

[london quiet down i need to make a sound]

eu gostei da mia. ninguem gostou, tadinha, só pq ela é zuada. eu gostei justamente pq ela é zuada, fica cansada, perde a voz, da uns gritão... adorei... adoro gente zuada.

[arcade fire liberta]

foi lindo. tudo lindo. as cores, as letrinhas escrito "arcade fire", as pessoas. tudo. foi uma perturbação até começar, mas depois... parece que tudo foi. parece que tuuuuudo está no seu caminho. o futuro é tão promissor, as coisas só tendem a dar certo. os bons ventos do arcade fire abriram as minhas perspectivas.

só falta estar leve de novo.

[strokes]

não podia terminar o show de modo melhor. e não é que o casablancas lá é uma simpatia? a partir de agora eu tb vou ser uma simpatia. vc ganha todo mundo.

e o que foi abrir com the end has no end? parabens pras bandas que sabem começar um show.



nada como um bom show pra lavar a alma. ufa.

domingo, setembro 25, 2005

O que uma impressora falou pra outra?
- Esse papel aí... é seu, ou é impressão minha?

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Maria ganhou uma régua. Qual o nome da série?

Mede, Maria.

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dois ratinhos estavam conversando. um deles se chamava zé, e fumava. ele encostou a ponta do cigarro no amigo. qual o nome do desenho?

me queimou zé!!!

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O cara tinha um gato chamado Tido.
Tido dormia num cesto. Um dia o dono do Tido chegou e ele não estava no cesto.
Qual o filme?

O cesto sem Tido

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uma mulher vai no ratinho e e prova q o pai do filho dela é um americano qual o nome do filme?
american pai

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o cara chega no hospital e ve um girasol vestido de medico... como se chama o filme???!?!

plantao médico



HAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAAAAAAAHAHAHAHHAHAAAA

ok, eu sei que provavelmente só eu acho graça, mas fazia tempo que eu não ria tanto
narina, dá pra vc vir logo pra sp pra me fazer rir? hahahaha to com saudades de vc nega do meu coração.
one shot, one choice.

Senta, vou te contar uma história. Era uma vez uma menina. Aí ela se apaixonou por outra menina, mas se apaixonou de verdade. Elas se conheceram e já se amaram, como nunca duas pessoas no mundo haviam se amado. Trocaram confidencias no meio na noite, solitárias uma no abraço da outra. Juraram lealdade e cumplicidade. Juraram ficar juntas para sempre. Combinaram a casa aonde iriam morar, combinaram os filhos que iam ter. Falaram sobre as dores que iam passar, os sofrimentos que iam se causar e se compreenderam. Ou achavam que tinham. Aí um dia (era inverno) essa menina, objeto de sua paixão infinita, disse adeus. A menina que tomou o fora passou dias e noites dormindo (porque assim o tempo passava mais rápido). Passou dias e noites chorando (porque a vontade de gritar era tanta que se transformava em lágrimas).

Até que um dia ela percebeu que o que a outra menina tinha dito na verdade foi "adeus, não sou forte o suficiente para te dar o que você precisa. adeus, porque eu não sou forte o suficiente para tentar." Aí nesse dia ela ficou com tanta raiva (de si mesma), porque ela tinha se jogado de cabeça enquanto os outros simplesmente paravam para pensar. E se deu conta que não queria esperar ninguém pensar. Que na verdade ela não acreditava nisso, em pensar. Porque amor é amor. Amor se sente, não se pensa. Amor de verdade te leva, sem nem você nem perceber que foi. E isso deixou ela com mais raiva ainda, porque ela tinha ido pra um lugar que ela nem queria ir e nem tinha percebido. Ela tinha assumido toda uma culpa e uma sensação de inferioridade que não lhe pertenciam. Que agora ela mal conseguia andar com a cabeça erguida na rua.

Aí chegou a primavera. E no fim daquela tarde, o sol, antes de se por, lhe disse "Filha, faz um favor pro mundo e levanta essa tua cabeça, que quem anda com a cabeça baixa fica corcunda. Acaba com esse teu sofrimento". Aí ela respondeu pro sol que tem gente que não nasceu pra esse mundo, e que ela era uma dessas. Decidiu então acabar com seu sofrimento. E quando chegou em casa ela foi de fininho no quarto do pai e pegou aquela .38 velha guardada na ultima gaveta do criado mudo. E carregou com a única bala que tinha. E ligou praquela que tinha lhe dado o fora. E quando esta chegou em sua casa, ela lhe disse "senta, vou te contar uma história". Ela tinha combinado consigo mesmo que ao fim da história ia por destino naquela bala. Pois é, a história acaba aqui. E mesmo que esse mundo não seja pra mim, vou ficar um pouco mais. Por isso quem morre é você.

terça-feira, setembro 13, 2005

[when i was a teenage whore]

Queria conseguir agora chorar toda a tristeza do meu corpo, queria que toda mágoa se transformasse em lágrimas e suor e sangue e fosse expelida de mim. Queria não estar com o coração apertado, não querer dormir para sempre. Queria voltar a olhar o mundo por aquela outra perspectiva, aquela dos dias mornos e ensolarados, do sorriso sem motivo, da felicidade gratuita. Queria que agora meus dias não fossem tão cinzas e minha vida tão blue. Queria entender porque isso, porque faz uma diferença tão grande. Porque eu quero que seja algo pequeno e não é, NÃO É! Queria juntar meus mil pedaços espalhados pelo chão da sala de estar, desmoronada, desmontada, desolada, envergonhada, suja, triste. Principalmente triste.

Queria não ter te conhecido. Ou não ter me encantado. Ou que você não tivesse crescido, mudado, se distanciado. Porque realmente qualquer um se encanta com você.

segunda-feira, setembro 05, 2005

É. Vamos começar desde o começo. Pq há tanto dentro de mim, pq agora as teclas são vagas, agpra todo sentimento é vago, até pra mim, como passar isso pra vc? Vc ja sentiu isso? Vc consegue ver tudo isso nos meus olhos e ficar indiferente? E não se faça de desentendida agora, pq vc sabe o que tudo isso é pra vc. Pq isso, antes de tudo, é uma declaração de amor.

É, olha, o parágrafo, respira. Faça dessas pausas, verdadeiras. Sabe o cigarro que eu te pedi? Sabe as horas que em claro eu passei? Sabe todas as coisas que eu pensei? Não, você não sabe. Vc nao sabe das pausas q eu fiz pra saber como te dizer isso. Nao que eu saiba agora. E nao que agora eu esteja te dizendo alguma coisa. Eu só queria dizer que... Que eu me importo. E que eu sinto. E que as essas horas eu ja estou misturando meu emocional com tudo que eu quero dizer, e que isso não é mais um texto genérico sobre a vida, e que você é simplesmente a unica pessoa que consegue me fazer isso, na vida. Me fazer confundir tudo, e ficar meio assim, meio perdida, meio achada, meio com alguma coisa por alí. Meio sempre com alguma coisa na garganta. Até eu dormir. Ainda mais nos dias de chuva.

sábado, agosto 27, 2005

[sessão vamo falar sério]

- então, filha, vc não quer nada da vida? é isso?

- é... acho que eu não quero nada da vida não viu...

domingo, agosto 14, 2005

Epílogo

Queria pintar uma porta. Escolheu a janela mais ensolarada e sentou-se, munida do mais caro cavalete. Diante da tela branca, pensou. Pensou por anos e anos. Estudou tintas, variações de cores, luz, formas e sintaxes. Descobriu, maravilhada, a metonímia, a metáfora, a ironia. Leu os mais profundos escritos, virou madrugadas se perturbando com sentimentos e sofrimentos alheios. Encharcou-se de café por dias e noites, aguardando o momento pregnante. Um dia acordou bem cedo e pintou a porta mais iluminada do mundo. Após acabada a tela, virou a caneca de café (que sabia não ser a última), largou as tintas de lado, abriu a tal porta e foi-se. De uma vez, exalando um odor de graça e leveza tão natural que nunca incomodaria um desavisado. Passou pela porta e quando viu o que tinha lá dentro sorriu, seguindo seu caminho. E ainda deixou-a aberta, caso alguém se interessasse.

quinta-feira, agosto 04, 2005

[fim de férias, volta as aulas]

depois de passar 10 anos no rj, voltamos a nossa vidinha tosca de sempre. nas férias os casais não brigam, as pessoas não se estressam e não se preocupam com peso. na minha própria opinião pessoal de mim mesma, eu acho que eu poderia viver vários tempos de sombra e agua fresca.

paciencia, minhas aulas tb sao legais vai.

sábado, junho 18, 2005

ai meu deus, conexao com o mundo!

e parece que aquilo que era do papel ta viradno online. tipo o diario de denise [capitulos] [bonus] [extra] [sobre a historia]. tipo, será que daqui a pouco vai ter um menu e a gente vai ter que apertar setinha pra cima, setinha pra baixo e clica uma vez (ou duas? problema dramatrugico. a ver)

enquete: bloco de notas ou word direto?

posso.............. (movimento com a cabeça)?
brigada

quinta-feira, junho 16, 2005

[rapidinhas inúteis]

[saudades de mim]
eu sei gente... calma... hahaha

[filmes]
ai que gostoso alugar um filme e ficar o dia inteiro esperando para ver ele... que nem um livro bom que vc fica guardando pra ler na melhor hora do dia. tipo aquele conto "felicidade clandestina" da clarice lispector.

[antes do por do sol]
quero ir pra frança ver livros naquelas livrarias de esquinas, num dia bem bonito de sol... e depois tomar um café, lendo o jornal... com meu amor...

[cerveja, cigarros e café]
podia não engordar, não fazer mal e a gente poder tomar todos os dias qdo chegar da faculdade

[goooood bye, to every little hour that you sleep tite, may i hold throught the winter in a cold night]

segunda-feira, maio 30, 2005

rapidinhas

[o novo filme do woody allen]

faltou o woody allen. nunca achei que fosse dizer isso, mas acho que nenhum outro ator dá conta de ser o barango intelectual neurótico que come as mocinhas bonitas.


[parada gay]

hipocrisia pura.
melhor dialogo da noite
cara: ei moça... me dá um cigarro... sabe... é que eu curto mulher...
eu (apenas de passagem): é? pena, eu não curto homem.


[são paulo]

ai que cansaço... acho que quero me mudar pra outro lugar.


[rio de janeiro]

pq tem que ser tão desorganizado? tão sujo? se não fosse por isso eu moraria lá.


[vinda da marina]

a melhor coisa do prox. fim de semana!


[dida]

(ok, já estou inventando tópicos... é que eu gostei de escrever assim)

sábado, maio 21, 2005

hmmm tem pessoas pesquisando nossas vidas!! pessoas quietinhas sabendo tuuudo sobre nós... hihih

outras pessoas, mesmo sem saber nada sobre nós, nos julgam, nos despedaçam e dizem o que querem e o que não querem!

eu acho q eu sou uma pessoa mt pop... tanta gente querendo saber, querendo falar de mim... tem espaço para todos, não precisa brigar! obrigada, obrigada, gente!! beijos para todos! luv you all!

meu cu pra vcs, malas.

terça-feira, maio 17, 2005

O caos não existe! Não como nós pensamos. O caos não é caótico. Há um algoritimo para o caos. Como acreditar em qualquer outra coisa do mundo sabendo que o caos é organzizado? A física nos desilude. Se formos criar um programa de computador para gerar números, precisaremos de um algoritimo para tal função. Um algoritimo para gerar números aleatórios!! Há coisa mais paradoxal que isso? Os cones e bastões nos nossos olhos formam imagens (ou como quer que seja esse processo de formação de imagens) atráves de logaritmos. Depois disso como acreditar no amor, nas casualidades, nas coincidencias? Se cada vez que eu saio na rua isso pode estar sendo resultado óbvio do algoritmo que rege minha vida? E mesmo se eu me revoltar com isso e não sair mais na rua, para não seguir o algoritmo, isso também pode estar sendo resultado dele, do mesmo jeito que uma equação também pode dar zero.

A verdade é que isso de destino não passa de um algoritmo. Não que esse destino seja fixo. Pelo contrário. Assim como o resultado de uma função y=f(x) depende do valor que você atribui a x. Não é fixo, mas é altamente previsível. Funções tem gráficos que mostram como ela se comporta ad infinitum! Futuramente teremos vidas e destinos inteiros expostos em gráficos cartesianos. Quatro dimensões, por favor. O mínimo é considerar a dimensão tempo, não somos simples seres tridimensionais.

Talvez eles ainda não saibam, mas o futuro dos matemáticos é se tornarem astrólogos.

segunda-feira, maio 16, 2005

[velhice]

* não consigo mais passar madrugadas lendo
* sempre dormir é melhor q as outras coisas
* piadas chatas me cansam
* pessoas chatas me cansam
* pessoas q querem aparecer me cansam
* fazer social me cansa
* conhecer gente nova me cansa
* não acredito mais que tudo vai dar certo
* não acredito em contos de fada
* frase: quer saber? foda-se.

sexta-feira, maio 06, 2005

aeeeee!

viva viva sexo de manhã!

viva viva tomar cerveja a noite!

viva viva tudo!!

sexta-feira, abril 29, 2005

está decidido

vou entregar meu projeto de tcc e bandeijar. as 11h da manhã.

e seja o que deus quiser.
(pelas duas decisões)

quinta-feira, abril 28, 2005

[se eu pudesse ter de volta todo dinheiro que eu gastei com drogas, bebidas e contas de celular]

decidi. não vou mais fumar maconha. hj eu quase fui, mas não vou mais.

(não sei o que as pessoas tem a ver com isso, mas que se foda, é meu blog eu escrevo o que eu quiser hahaha)

eu sou um ser inútil. 22 anos de vida, não tenho emprego, minha mãe me sustenta, 4o ano da faculdade e nem sequer tenho um estágio. nem vergonha na cara.

queria ganhar dinheiro ouvindo músicas depressivas e escrevendo textos de sofrimento. É MUITO DIFICIL ISSO??? É?? acho que eu não consigo trabalhar, num emprego todo dia. a rotina me cansa. eu me canso rápido das coisas.

podiam me pagar pra eu ser "pensadora". eu juro que eu ia ter mtas ideias. sobre tudo. arte, cinema, literatura, arquitetura, televisão. posso passar o dia estudando vários assuntos para ter ideias sobre eles.

podiam me pagar pra ser crítica. e falar sobre as coisas, com alguma pompa que eu não tenho, mas finjo que tenho e foda-se.

podiam me pagar pra eu ser colunista social, ter que ir nas festas e falar como foi. mas como disse a sábia Danuza Leão, essa vida de ganhar coisas e ir em festas cansa.

eu podia arrumar uma casinha no interior da bahia e ganhar o dinheirinho do pão com manteiga fazendo artesanato de cerâmica também.

ai cansei. vou pra bolha.

quinta-feira, abril 21, 2005

Faz tres dias q eu to sentada aqui, com a mesma bermuda, a mesma camiseta verde, os mesmos cigarros amassados, o sol torrando na cabeca. FAZ TRES DIAS, PORRA!! Faz três dias que eu desisti de querer alguma coisa por aqui, por que é tudo a mesma merda, e eu canso das coisas bem rápido, pra dizer a verdade. Aquele emprego vagabundo, resolvi jogar no lixo. Cansei da falsidade do meio, cansei de pagar pau pra quem eu nem gosto pra conseguir alguma coisa. Cansei, e mandei todo mundo tomar no cu, porque pra mim quem precisa ser bajulado pra dar alguma coisa pra alguem é porque é muito fraco mesmo. Cansei, agora quero ir embora. Cansei da organização das coisas, da maldita rotina, dos remédios para dormir, das drogas, cansei, cansei. Quero não querer que o tempo passe logo, quero não ter pressa. As vezes o poço é fundo demais pra ser iluminado por inteiro, e eu queria não oscilar entre o escuro e o claro sempre.

Faz três dias que essa maldita música não sai da minha cabeça, essa maldita música que me fez levantar e ir embora. Mas você não vem. Eu te disse. E vc não veio. Eu queria gritar tão alto que você podesse ouvir, gritar na sua orelha, queria tanto que você viesse me buscar. Queria tanto. Porque senão eu vou ter que voltar. Vou ter que dar o braço a torcer e voltar. Não queria chorar aqui agora, poxa. Queria estar bonita quando você chegasse. Eu sei que voce vai vir e vai me levar pra um lugar bem bonito, onde a gente vai ter uma casinha e filhos gordinhos pra dar sorvete todo dia. Eu vou parar de beber e fumar e você vai ser um marido exemplar, que traz pão e leite todo dia. Porra, você prometeu que viria... você prometeu, você me fez gozar e prometeu que não ia me deixar nunca, nunca mais. E eu, abafando as lagrimas e a dor no travesseiro acreditei, ridícula. E agora passam dias e noites e você não vêm. Filho da puta, espero que você bata essa merda desse carro, já que nem pra me buscar serve mais.

sábado, abril 09, 2005

o que seria a vida sem backspace?

não sei se eu sei escrever sem errar.
[a inexplicavel hora do dia]


a hora em que vc chega meio bebada em casa. o dia já amanheceu, as pessoas estão rumamando para seus trabalhos. o sol tá tão bonito que dá vontade de sentar na rua, já que não passa carro algum mesmo. vc chega em casa, liga pra namorada pra atormentar (ahhh o dia tá tão bonito!! todos precisam ver), faz um café (forte. de manhã é café forte), acende um cigarro (o ultimo da noite, guardado pra essa ocasião especial) senta e pensa "caralho. podia ser verão pra sempre".

podia ser verão pra sempre. ou primavera.

quarta-feira, março 30, 2005

cof cof

tossiu, a menina, depois de já tantos cigarros já queimados, aquela hora da manhã, que nem era manhã ainda. nem café, nem chá nem nada. aquela manhã viria pura, que nem aquela vodka do fim da noite, sem gelo, sem escrupulos, sem arrependimentos. porque arrependimento é para os fracos.

àquela hora (vejam bem a insistencia no uso da crase) ela ainda insistia na luz acesa. confunde. nunca se sabe se é dia ou se é noite. as janelas fechadas. o cheiro de mofo. as moscas voando. sobre o meu corpo ou o seu?

(um ensaio sobre o uso da pausa. dramática? aristóteles diria "a pausa é hora de parar, acender um cigarro e cruzar as pernas")

terça-feira, março 22, 2005

“Se as palavras querem tanto sair, elas que organizem um motim e saiam por conta própria. Mania das pessoas/coisas/palavras sempre esperarem que a gente faça as coisas por elas”.

[Revolução]

Algum jornal sensacionalista, 22/03/05

“JOVEM ACHA CORPO DE AMIGA CHEIO DE BURACOS NO CHÃO DO QUARTO”

      Na manhã do dia 22 Carolina Martinez encontrou o corpo de Paula Davies, imóvel, no chão do quarto do apartamento que dividem. Não havia sinal de violência externa nem de sangue. Algumas palavras pela metade ainda agonizavam no recinto. Acredita-se que cerca de 20 mil palavras conseguiram escapar e ainda estão foragidas.


Mesmo jornal, 25/03/05

“ESTRANHA FORMAÇÃO DE PALAVRAS ATRAPALHA O TRÂNSITO NA CONSOLAÇÃO”

      O engarrafamento na Rua da Consolação durou mais de 2 horas, devido a algumas palavras que se jogaram no semáforo em frente ao Mackenzie e fizeram menção que de lá não iam sair nem tão cedo. Elas diziam apenas “MALANDRO É MALANDRO, MANE É MANÉ, A GENTE FOI ESPERTINHA E DEU NO PÉ”.


27/03/05

“BOTECO NA TEODORO É TOMADO POR GRUPO TERRORISTA DE PALAVRAS”

      Na noite do dia 25 um pé sujo da Teodoro Sampaio foi invadido por um grupo violento de palavras. A “intentona verborrágica” , como foi chamado o incidente, durou a noite toda. Os garçons foram tomados de reféns, mas acabaram a noite jogando palavras cruzadas com seus seqüestradores. Depois de findo o estoque de cerveja, algumas letras bêbadas se perderam de suas palavras, causando morte e destruição. Sem seus O's, a palavra “noção” não agüentou e acabou definhando na beira da calçada. Fato incomum entre as palavras, os médicos acreditam que “noção” já estava enfraquecida. Suspeita-se que o corpo do qual as palavras fugiram não costumava usar “noção” com muita freqüência. Como ela estava empoeirada e bolorenta, é muito provável que tenha ficado muito tempo esquecida em algum canto obscuro.


30/03/05

“AUTORIDADES AMEAÇAM PROCESSAR CORPO ESBURACADO PELO DESCASO COM QUE TRATAVA ALGUMAS PALAVRAS”

      A Academia Brasileira de Letras abriu um processo contra Paula Davies, acusando-a de descuido e mau uso de seus verbetes. Esta, em fase de recuperação no hospital, não teve palavras para responder as acusações.


03/04/05

“MORRE JOVEM VÍTIMA DA FUGA DAS PALAVRAS”

      Depois de apresentar uma leve recuperação, morre Paula Davies, vítima do caso da fuga das palavras. Devido à rapidez do acontecimento, desconfia-se de uma conspiração. Perto do corpo foram encontradas também algumas palavras mortas, formando a frase “VOCÊS NÃO PERDEM POR ESPERAR, HOHOHO”. A descoberta das palavras kamikazes surpreendeu o Depto. de Segurança Pública do governo. O depto. não esperava esse nível de organização e hierarquia entre as palavras. Teme-se o início de uma guerra civil.
      A preocupação aumentou com a descoberta de mais corpos esburacados nos lares paulistanos.


05/04/05

“CIDADE ATERRORIZADA POR OUTDOORS AMEAÇADORES”

      O pânico diante dos outdoors que surgiram pela cidade na ultima noite é geral. Em várias esquinas lê-se frases intimidadoras como “NÃO ADIANTA FUGIR, O PERIGO ESTÁ DENTRO DE VOCÊS”.
      Foram encontrados mais dezenas de corpos esburacados. População amedrontada acaba com estoque de borrachas e corretivos líquidos das papelarias.


09/04/05

      AR, AR, AR NÓS ESTAMOS EM TODO LUGAR!

      REVOLUCÃO JÁ!

sábado, março 19, 2005

"chiquinho, tem como rolar alguma coisa pra por no estomago? pq senão a gente vai gorfa na rua..."

e pau no cu de quem não é a gente
e qdo seus amigos começam a fazer coisas da vida? qdo eles começam a trabalhar em coisas de verdade, a ter planos de verdade? e aí? o que a gente faz? e qdo a gente tem que virar adulto, trabalhar, pensar na vida, adquirir bens? o que que a gente faz? paga no cartão?

moçoooo, tem como parcelar a responsabilidade em 10 vezes?

sexta-feira, março 11, 2005

é tipo aquela tarde ensolarada de verão, que eu vi você ali, esperando eu passar. são todos seus beijos alucinógenos, seus carinhos desprentensiosos nos meus cabelos desarrumados, o calor de uma tarde de 5a feira que me deixam completamente louca por vc.

são os melhores dias da minha vida.

[nossa, eu ando muito melosa chata, que que eu faço? hahaha]

sábado, março 05, 2005

porque que viver num lugar onde não se tem coador para fazer café? pra que? qual o sentido da vida?

terça-feira, março 01, 2005

[crise de volta as aulas]

parece que tanto tempo se passou, parecia que tanta coisa ia mudar, parecia que aquilo ia sair do lugar, parecia pois lá dentro, lá no fundo havia tido uma revolução, as coisas haviam sido vomitadas, reengolidas e reorganizadas, e não dá pra encarar as coisas do mesmo jeito depois de engolir seu próprio vomito, dá? e parece que faz tanto tempo que fez tanto tempo que eu já quase esqueci que tudo mudou, quase pensei que tudo ia ser a mesma coisa. já tinha esquecido de como eu tava cansada de tudo isso, de como eu quase cheguei a conclusao que estava sendo tudo inutil, que na verdade não haviam rumos traçados, e que se haviam eu não queria segui-los, não aqueles. mas parece que eu estava quase tornando a segui-los, quase esquecendo do que eu tinha levado tanto tempo pra descobrir, caralho, como é tão dificil mudar aqueles conceitos arraigados, cimentados dentro da gente, e mesmo se mudar, lembrar que mudou.

ah que inferno, voltar pro mesmo lugar e ver que nada mudou.

sábado, fevereiro 26, 2005

lalalalalalalalaaaa let's say forever, let's say it's true

eu vou ter uma casa na vila madalena com o meu amor. na nossa casinha vao ter todas as coisinhas necessarias para sobrevivencia: eu, ela e uma cama. hahahha, talvez uma geladeira tb. e o som claro, com todos os cds do sleater kinney.

aiai. vida boa.

domingo, fevereiro 13, 2005

MaRiNa diz:
depois q caguei, olhei no espelho e todas as veias do meu olho tavam vermelhas

[poesia pura essas pessoas]

sábado, fevereiro 12, 2005

rafael diz:
ai duro se relacionar com gente pobre viu
ten years living in a paper bag diz:
sou pobre mas sou limpinha
rafael diz:
sei sim. nem tomava banho direito qd eu tava com vc!

cada dia é uma grosseria diferente. vou colocar aqui pelo menos uma por dia.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

rafael diz:

tb vc nem sabe nada né paula como vai conversar! hahah

[pq meus amigos são tão grosseiros? hahahha]

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

[minha namorada passou na usp]


INT - DIA - RECEPÇÃO DE HOTEL BARATO NA BELA VISTA

MANU, 19 anos, alta, magra, de calça e camiseta, com vários escritos "usp", "fau", "bixo" de tinta guache pelo corpo, e JULIANA, 21, estatura média, de bermuda e regata, sem tinta alguma, chegam resfolegantes e transpirando cerveja na recepção do hotel, onde MARISE, pingando de suor num terninho barato, LIXA as unhas calmamente, distraida.

JULIANA

Oi moça....

MARISE

Ai meu deus! A menina passou no vestibular! (olhando para Manu) Onde você passou? Na USP?

MANU

É...

MARISE

Que que você vai fazer?

MANU

Arquitetura...

MARISE

Ai querida meus parabéns, mas desculpa viu, não tenho nenhum trocado pra te dar, fica pra próxima...

JULIANA

Não moça... na verdade a gente queria um quarto... Quanto que é?

MARISE

AHHHNNNN!! Tem a suite simples que é 32 reais, a com hidro que é 50, a oriental, que é muito bacana também que é 80, e tem a luxo, que eu acho que é a que ela merece né, afinal ela passou na usp!, que custa 120.

JULIANA

Ah, vai essa ai...

MARISE

A luxo? Isso mesmo, você tem que dar o que ela merece...

MANU

Não moça, a de 30 conto mesmo...


[São Paulo é definitivamente uma cidade louca.]

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

"se o leonardo da vince, porque que eu não posso dar dois?"

HAHAHAHAHAH carnaval tb é cultura
[carta a alguém próximo]

Por mais que eu tente evitar, todos aqueles dias de verão nascendo pelas frestas do meu apartamento me lembram você. E me fazem acordar com um sentimento estranho, uma ansiedade cheia... cheia de vida. Queria levar você pra tomar café da manhã na padoca, queria te mostrar todas as coisas bonitas que eu vejo, porque eu não páro de pensar em você. Desde cedinho de manhã. Você anda consumindo meu sono, sabe. E no fim da tarde, quando bate aquela brisa de dia terminando, o sol se indo ali pelos lados da vila madalena, eu não consigo evitar de querer você comigo. Queria até evitar, porque dói (uma dor fininha, daquelas que te fazem chorar no meio da noite, quietinha no travesseiro). Dói não te ter nas horas que eu quero. E pode parecer egoismo, mas também doi não te ter nas horas que vc quer. Mas é vc que não quer. Aí ficamos eu e o gato, aqui, sem saber o que fazer, sem sair nesse dia tão bonito de manhã, sem conseguir dormir, sem termos você.

A sala, o quarto, a casa está vazia, a cozinha, o corredor. Ainda não cansei de arrastar meus chinelos gastos por todos os cômodos, procurando por você. Só acho lembranças que achava que nem existiam mais, sentimentos que achava que tinham ficado em algum lugar do passado, embaixo desse amontoado de outros sentimentos que insistem em ficar e me perturbar. Esse seu cheiro impregnado nas minhas roupas, nas minhas pernas, na minha boca, nos meus lençois, que não troco desde que você se foi, no meu quarto, cujas janelas não abro desde então.

O gato aprendeu a se alimentar sozinho. As vezes ele me alimenta, a gente come junto a ração tosca no potinho dele. Porque sabe, eu não sei mais fazer as refeições sozinha. Aí depois a gente deita ali no chão perto do solzinho, eu e ele, enroscados um no outro, pq eu também não sei mais dormir sozinha. Hábitos que eu perdi quando te conheci sabe. E agora... e agora é difícil retoma-los.

Dos meus cds não consigo nem mais chegar perto. Só o gato ouve. E no discman, porque é pra mim é insuportável ouvi-los. Eu até falaria pra vc leva-los logo de uma vez, mas tem alguns que o gato gosta bastante, então é melhor deixar aqui mesmo.

Fora isso, tudo continua a mesma coisa. Tudo do jeito que você deixou. A louça suja da pizza que a gente pediu, os copos de vinho barato, meu coração em frangalhos. Se algum dia você quiser voltar, a gente vai estar esperando. Eu e o gato.

segunda-feira, janeiro 31, 2005

que coisa

qto mais café eu tomo, mais eu quero tomar
qto mais eu durmo, mais eu quero dormir

odeio essas coisas obssessivo-compulsivas


domingo, janeiro 30, 2005

como o sheryl crow- sheryl crow pode ser tão bom? como? obrigada sheryl, por fazer a minha vida menos entendiante num sábado a noite.

everything i ever wanted what a lovely pie you´ve baked, is anybody listening? why the painted birds never fly away? the walls have been talking... about me again... it´s just an ordinary day.

quando eu crescer eu quero ser sem noção que nem ela.
[universo paralelo]

justo no dia de tédio mortal, AONDE ESTÃO OS AMIGOS ONLINE? orkut não abre, não abre o site da claro, ninguém está online. a internet não é a mais a mesma. o mundo não é mais o mesmo. estou absurdada. inacreditável que as pessoas estão saindo de casa e não ficam mais na internet. ISSO NÃO É CERTO. SÁBADO A NOITE É DIA DO MSN ESTAR BOMBANDO.

sábado, janeiro 29, 2005

[ten years living in a paper bag]

em frente ao computador roia todas as unhas, tentando pensar em algo decente pra escrever. ver se assim dissipava um pouco da energia acumulada, a ansiedade dando voltas no estomago vazio. "i swear they´re out there, i swear". tec tec tec. backspace. cafe, cigarro, a madrugada rolando solta. parecia que as palavras nao queriam mais sair, se juntar e formar frases, que nem elas faziam antes, com tanta facilidade. e agora? o que ia fazer da vida? a unica coisa que achava q sabia fazer havia morrido em algum lugar do passado remoto, sob rascunhos amassados, cinzas e noites mal dormidas. estava decidido, amanha ia comecar a andar de bicicleta. tinha que gastar energia de alguma forma. podia ser fazendo sexo loucamente, mas desculpe senhora, essa opcao não está disponível no momento, escolha novamente. tec tec tec tec. enter. enter. tec tec tec. press 1 to confirm, press 2 to choose again or press 3 to return to the main menu. this is home. e ouvindo aquelas cancoes enquanto nao conseguia escrever uma palavra, pensava como alguem podia escrever algo tao bonito como aquilo. tao bonito, tão verdade. poderia ter sido eu, pensava. não, não poderia. backspace. backspace. back back back backspace. de repente cansou e arrancou o backspace fora. mania de querer apagar tudo, agora o que eescrever vai ser, o que escrever vai ficar, não foi dada a opção pressione 2 para backspace. e essa barra piscando antes de cada letra a ser escrita? mania insuportável de ficar piscando. o que é? uma afronta? pisca pisca pisca. decidiu escrever tao loucamente para não dar tempo da barra piscar, ja estava ficando irritada com tamanha petulancia. vai vai escreve. qualquer coisa. resolveu por o backspace de volta, não tinha tantas ideias para escrever tantas coisas diferentes a ponto de não dar tempo da barra não piscar, então tinha que ir apagando as coisas e escrevendo de novo. um exercicio de ginasio praticamente. alias, a pratica leva a perfeição, dizem. dizem, vai lá saber né? comentou com seus botoes, com as cinzas no cinzeiro, com o resto de café frio no fundo da caneca. coçou a cabeca. pensou a quanto tempo não tomava banho. fazia alguns dias. pensou em como poderia estar, não fazia noção. talvez estivesse há uns 10 anos em frente ao mesmo documento vazio do word. podia ser. vai saber. cansou de pensar no final, então apertou 9 para falar com o atendente. é tão confortante saber que se você não achar sua opção, mesmo após ouvir todas as opções de 1 a 8 dadas pela gravação, sempre haverá a 9 que é falar com um dos atendentes. é uma das poucas seguranças do mundo moderno. ficou aliviada com essa conclusão. por que tanta ansiedade, se sempre resta a número 9? por que? tudo era tão claro agora. estava fazendo uma tempestade num copo d'agua, concluira. respirou aliviada. sentiu o corpo mole, os olhos fechando. calmamente desligou o computador e foi dormir.

domingo, janeiro 23, 2005

[dias estranhos, tempo estranho tudo estranho]

esse sol que nao esquenta, esse frio na barriga que insiste em ficar todos os dias. days go by so slowly.

tudo muda tanto, e eu tenho tanto medo do que vai acontecer. eu tenho tantas saudades de quem ficou.

tudo vai ser diferente, so sei disso.

ahhhh

eu to voltando pra casa.