quarta-feira, março 30, 2005

cof cof

tossiu, a menina, depois de já tantos cigarros já queimados, aquela hora da manhã, que nem era manhã ainda. nem café, nem chá nem nada. aquela manhã viria pura, que nem aquela vodka do fim da noite, sem gelo, sem escrupulos, sem arrependimentos. porque arrependimento é para os fracos.

àquela hora (vejam bem a insistencia no uso da crase) ela ainda insistia na luz acesa. confunde. nunca se sabe se é dia ou se é noite. as janelas fechadas. o cheiro de mofo. as moscas voando. sobre o meu corpo ou o seu?

(um ensaio sobre o uso da pausa. dramática? aristóteles diria "a pausa é hora de parar, acender um cigarro e cruzar as pernas")