sábado, maio 24, 2008

fomos pra praia.

família davies (que é daquele jeito, tudo enrolado, meio perdido), chefiada pela debbie-a-mãe-que-toma-cerveja-e-ronca, seguida pelos pimpolhos paula-a-excentrica-que-bebe e pedro-o-adolescente-mau-humorado-que-odeia-as-pimpolhas-da-outra-familia; e família rodrigues (que é tudo doido), chefiada pelo antonio-o-sabe-tudo-namorado-da-mãe, seguida pelos pimpolhos daniel-o-caçula-fresco, juliana-a-hiperativa-que-não-fica-quieta-um-segundo-sequer e gabriela-a-que-acha-que-é-madame-e-leva-um-amigo-bicha-a-tiracolo. ou seja, um pior que o outro, e o pior: todos juntos.

claro, a farofa. cadeiras, guarda-sois, 30 tubos de protetor solar, 5 toalhas e dois isopores: um com refrigerante gelado e um com cerveja gelada. a quantidade de gente que tomava refrigerante era pelo menos o dobro da que tomava cerveja, mas mesmo assim levamos mais cervejas que refris, como é o certo em toda família normal.

ah, como pude esquecer. a bola. sempre chutada na família ao lado.

tomei cerveja, comi amendoim, conversei sobre o fluminense com estranhos, joguei futebol já meio bêbada e cai na areia 200 vezes, tomei banho de mar na água gostosa da barra. limpei com água e sal grosso direto da fonte toda aquela creca cinza de são paulo (tava quente, um dia lindo de sol).

terminamos o dia comendo aquela picanha marvada e eu dormindo no carro na volta para casa.

isso que é família feliz.

ps: são 10 horas, eu estou morta e terei dificuldades para dormir porque obviamente eu não passei protetor solar direito e estou dolorida.

ps 2: parabéns, eu não fiz caipirinhas e portanto não ganhei manchas de limão ao sol!

ps 3: eu não trocaria esse sábado por emprego nenhum, por quantidade de dinheiro nenhuma.

ps 4: porque tem gente que não gosta de reuniões familiares?

quinta-feira, maio 22, 2008

[no rio-de-janeiro-continua-lindo]


passei o dia transpirando minha febre,

(dormi)

tentando encontrar um ponto de encontro entre os meus fragmentos, que as vezes se repelem, se desequilibram, se desentendem. tentando do meu desejo de te desejar que surgisse o seu desejo de ser desejada. querendo que o seu desejo de ser desejada sustentasse pra sempre o meu desejo de te desejar, ou que pelo menos um não dependesse do outro, mas que de alguma forma eu fosse capaz de chegar até o fim, eu terminasse algo que comecei e tivesse o merecido gozo final, que talvez pudesse ser chamado de "a felicidade completa" ou "o motivo de existir" ou "tudo só acaba quando termina" ou "isso é tudo, minha gente?".

o jornal disse que colapsar é cair sobre si mesmo. o corpo não aguenta de tanta gravidade e nem a luz é capaz de escapar.

colapsei.

sou fragmentos que não escapam, não organizados, que mal configuram um todo, um todo bruto, não lapidado e tão bonito quanto




acordei, ensopada de suor.


a febre tinha passado.

domingo, maio 18, 2008

as vezes as coisas parecem que estão tão perfeitas que até dói. mesmo.

hoje doeu. porque ontem eu passei o dia com pessoas que são maravilhosas. meu irmão veio pra são paulo, minha irmã apareceu aqui e nós comemos juntos. depois fui pra uma festa ótima, com pessoas ótimas. cheguei em casa, dormi ótimamente bem na minha cama que é deliciosa demais. acordei, fui comprar pão com a aline, que é tipo meu irmão/marido-sem-sexo hahaha de tanto que eu gosto dela. tomei café preto gostoso lendo o jornal no sol. chegou minha tia, primos, tio, irmãos, cuinhado. dei um almoço de família improvisado aqui em casa, que é a minha casa, que é acolhedora, aconchegante, deliciosa. fui passear com os irmãos na feirinha de artesanato, vi uma coisa mais linda que a outra, comprei um presentinho pra mamãe que eu sei que ela vai adorar. fomos na fnac, namoramos gadgets tecnológicos caríssimos, voltamos. tirei uma sonequinha, vou ver tv, ler meu livro e dormir.

às vezes eu não me aguento na minha própria felicidade, e parece que vou explodir.