sábado, dezembro 20, 2008

hoje é 19 de dezembro. me dei conta que era quase natal quando, ontem? anteontem? não sei. os dias passam tão rápido, e eu me lembro há pouco cantar “days go by so slowly” como se fosse uma verdade universal.

hoje é formatura do meu irmão, e estive atrasada como nunca. trabalhei a semana inteira bem daquele jeito, e hoje, sexta feira, sabia que iria ter que fechar algumas coisas né. é que esse clima de natal, fim de ano, sei lá, pra mim cheira quase a férias, a diferença é que eu não sou mais criança e não tenho mais férias de fim de ano. eu trabalho, e trabalho, e trabalho. e dou gato no trabalho, óbvio. porque eu sou jovem, porque eu sou em partes irresponsável (não que isso tenha a ver com idade, acho que tem mais a ver com modo de encarar a vida do que com idade. e é uma coisa que eu quero ser pra sempre: meio irresponsável, pra não me tornar uma chata pragmática.), porque sou “cerumano” também, como diria irônicamente uma amiga minha. mas enfim, atrasada, perdi o ônibus das 18h45. chavequei o moço do guichê pra ele trocar pra mim pras 21h30, pra chegar lá as 23h30, sendo que a festa é as 23h. minha mãe disse que não ia me esperar, que eu pegasse um taxi. hahahaha. não, ela não é filha da puta, ela só fica ansiosa com essas coisas, e não quer chegar atrasada. acho que ela tem medo de decepcionar os filhos, ela quer estar lá, porque ela já não esteve inúmeras outras vezes. tadinha, ela também é filha de deus. enfim, disse que iria chegar atrasada, que minha reunião de trabalho tinha atrasado, e todo mundo ficou puto. porque ninguém acredita quando eu digo que tenho que trabalhar? ótima pergunta, brasil. mas continuando. esperando dar 21h30, fui me arrumar no banheiro da rodoviária de sp, estava com passagem marcada, e tempo sobrando. achei melhor que a rodoviária de pinda, as 23h30, aquele breu, e eu sozinha, de sapato e vestido. sapato, vestido, brincos de pérolas e uma flor de crochê no cabelo. falando assim parece que não combina, e não combina mesmo, mas não sei, eu adoro coisas que não combinam. não sei porque, engraçado. quando eu era criança eu lembro que uma vez eu fiquei angustiada de ter que sair de sapato preto, porque eu estava de calça clara e blusa clara, eu achava que sapato preto chamava muito a atenção. mas meu tenis branco estava lavando, e só me restava aquele, que nem tenis era, era sapato mesmo, no duro. juro que esse dia fiquei em dúvida se eu sairia de sapato preto ou ficava em casa quieta. era muito desafiador chamar atenção daquela forma.

me arrumei, e sai do banheiro da rodoviária de vestido, sapato, pérolas e presilha de flor de crochê com uma mochila de 75 litros nas costas e outra na frente. um marmanjo se ofereceu pra ajudar, com aquela voz mole “oi boneca, deixa que eu levo essa tua mochila, deve estar pesada. oieee, eu tenho cara de quem precisa de ajuda? já carreguei o dobro do peso em lugares que você sequer imagina, agora só porque eu tô de vestido você acha que eu preciso de ajuda? de vestido eu posso parir um filho, dor que você nunca nem vai ter noção, nem de perto, nem um pouquinho, do que se trata. ou você também oferece ajuda pros marmajos carregados de sacolas e caixas de papelão? não? então vai te foder, só um pouquinho.

mas antes que eu esqueça para onde eu tava indo mesmo com toda essa história linda, foi nesse dia 19 de dezembro que eu me dei conta o quanto as coisas tinham mudado desde o 19 de dezembro de 2007. Faz anos que se passou 2007, e olha que ainda estamos em 2008. em 2007 eu tinha 21, 22 anos. agora em 2008 eu vou fazer 26 anos que vem. olha só. faz anos, faz anos. engraçado que felicidade é uma coisa tão leve quem nem faz peso, as vezes nem parece que a gente está carregando, a gente as vezes até escquece tipo “ nossa, opa, tem uma felicidadinha aqui gente, uia”. e hoje eu tinha quase esquecido dela, me lembrei agora, quando me deu vontade de escrever esse texto, e enrolei tudo isso até agora só pra dizer que eu estou feliz.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

esse post é só pra reiterar o quanto eu estou feliz nesse novo lar.

desde a primeira vez que eu entrei aqui pra visitar eu sabia que iriamos morar aqui. que iria ser nossa casa. quando eu entrei nesse quarto sabia que ia ser o meu. e olha que eu gostava bastante da casa antiga, todos sabem disso. mas gente, perto desse lar... o que é ser feliz.... nem sei explicar...

e já chegou o natal e eu nem percebi... nem curti a expectativa da chegada, papai noel chegou chutando a porta e arrombando tudo.

feliz natal pra vcs.

xoxo