sexta-feira, setembro 26, 2008

parece que as pessoas estão sempre procurando alguma coisa, e alguma coisa que elas mesmo sabem (não, não estou me excluindo desse grupo “as pessoas”, mas é mais fácil generalizar o mundo)

tem sempre alguém bebendo demais (cof cof), fumando demais, se machucando demais, galinhando demais, se drogando demais, quando talvez no fundo as pessoas não quisessem beber tanto, ou não precisassem fumar tanto, talvez nem queiram ficar com 10 pessoas na noite, e estar cada dia com uma diferente, mas é um jeito bizarro de suprir algo que elas não sabem o que é.

é muito mais dificil considerar que o vazio não se refere a algo específico, tipo, arrumar uma namorada, ou fazer uma tatuagem, ou sair de casa, do que a algo muito mais profundo, que eu acredito que não tenha a ver com nada de fora, e sim coisas de dentro. dentro da gente.

qdo eu era adolescente rebelde, tinha um dia que eu estava chorando no banheiro do colégio. aí a coordenadora veio conversar comigo, e eu disse que o mundo era cruel e horroroso. aí ela disse que não era o mundo que era assim, isso era o jeito que eu me sentia perante ele. quando se diz respeito a sofrimento, parece qu a gente fica egocentrico demais.

e a gente se cobra demais também, se cobra posturas sem sentido, se cobra social demais enquanto só precisariamos sentir e seguir o que sentimos. eu lembro uma vez que eu falava pruma ex-namorada minha que eu tinha que sair a noite, que eu não estava mais saindo, que eu tava ficando velha, que era sábado a noite e eu tava em casa e etc etc etc. aí ela me disse tipo “meu, vc tá ótima e super feliz ficando em casa, pra que vc quer se obrigar a sair? tipo, aceita que você quer ficar em casa e tira essa obrigação social besta de cima de você”. parabéns, você estava inteiramente certa.

não entendo pq a gente procura essas coisas em lugares completamente errados.