quinta-feira, junho 19, 2008

são 5 da manhã e eu comi tanto, mas tanto, que eu acordei e não consigo mais dormir.

mas cheguei a conclusão que uma mulher que come bem é sexy demais. uma mulher que toma um bom café da manhã, que almoça comida de verdade, que chega em casa com fome e janta.

[não sei, digo mulher porque a impressão que eu tenho é que homem come até pedra se colocar catchup em cima, e não tem muito essas coisas de se preocupar com peso e etc]

sim, pode parecer coisa de gordinho, mas gordinho é o que há. pancinha é sinal de saúde, assim como alguns kilinhos extra. tem uma amiga minha que disse que vai morrer precisando emagrecer 5 kilos. arrasou, gata.

fazia tempo que eu não acordava de madrugada e ficava pensando na vida. a madrugada é um horário difícil de se lidar. é quando tudo está quieto, e tudo parece que dói mais. na madrugada e nos dias cinzas de inverno. mas eu já passei da época de ouvir músicas fofas e leves tipo club 8 e sofrer. atualmente uma boa sofrida da madrugada é muito bem acompanhada por bob dylan. sonic youth. the cure. algo que dê sustância ao sofrimento.

[go old school and you'll never be wrong]

mas eu sou suspeita pra falar, eu sei que tenho o pezinho cravado nos anos 90. que que eu posso fazer gente? não se fazem mais bandas boas como nos anos 90. ok, não sejamos injustos. há bandas boas. boazinhas. dá para passar o tempo. ouvir e se divertir. mas convenhamos, que banda de, sei lá, 2004 pra cá, tem o peso de um sonic youth? as chatisses experimentais daquele architecture in helsink? essas "bandas" de electro tipo cansei de ser chata, opa, sexy, ou aquele jumbo elektro, afe. hoje em dia parece que qualquer sujeito que baixa um programinha na internet que faz batidas eletronicas acha que tem uma "banda". opa, é electro post punk industrial urban do caraleo a quatro. hahahaha.

[com todo respeito as bandas dos anos 2000 que prestam. é brincadeira, tem várias sim. não precisam fazer retaliações]

esses dias cheguei em casa, de noite, e tinha uns moleques andando de skate na rua. achei o máximo. desde de que morava em pinda não via gente na rua, fazendo nada, simplesmente estando, se fazendo companhia. e é engraçado que a rua em que eu moro é uma travessa de uma avenida mega movimentada, mas a rua mesmo é muito muito calma. é de deus esse lugar aqui, minha gente. e, acreditem se quiser, dizem que esse predinho (que é daqueles baixinhos, sem elevador e sem porteiro) foi vendido para "um novo empreendimento". mereço. vão fazer um estacionamento aqui. ou uma igreja universal. ou um prédio enorme, com aptos ruins e pequenos. queria ser a resistência. queria poder não arredar o pé. não, não vendemos.

é, a verdade é que eu não quero deixar ir embora. não quero. as coisas estão indo rápidas demais para o meu gosto...