[ouvindo pink floyd]
quando eu era pequena eu gostava das coisas que meus pais gostavam. aliás, meu pai (inclusive mulher, HAHAHAHA).
uma vez eu perguntei para o meu pai que time que eu torcia. ele disse que não sabia, mas que ele torcia pro santos. não lembro de ter sido peixe nenhuma vez, mas lembro de achar que se ele era santista, eu também deveria ser.
mesma coisa com música. minhas primeiras mix tapes eram de discos e cds que tinham em casa mesmo, das músicas que eu gostava e sempre ouvia. domingo era o dia mais legal em casa. era o dia que tomávamos café na mesa do jardim. meu pai abria todas as portas que davam pro quintal, ligava o som e colocava música alto. meus pais se davam discos de presente, e faziam dedicatórias na capa (o que eu acho um crime, mas era coisa da época).
tinha o disco da marisa monte, o mais, que era super divertido, tinha vários + destacáveis.
das músicas que eu gravei, tinha money, do pink floyd (eu tinha uma coisa com esse cd do dark side of the moon, que eu achava a capa muito bonita), tinha coisas do tim maia, paul simon (a primeira faixa daquele cd the rythym of the saints acho), beatles (o abbey road tinha uma mix tape própria, com as melhores do disco. eu ADORAVA maxwell silver hammer, e só agora com 26 anos descobri que é a história dum cara que mata a mina com uma martelada), cocain do eric clapton. enfim, essa acabou sendo minha formação musical.
THE END.
is that all there is ? if that´s all there is my friend then let´s keep dancing...
quinta-feira, dezembro 31, 2009
quarta-feira, dezembro 30, 2009
a primeira vez que comi uma lichia estava em londres, trabalhando no hilton metropole, se não me engano. era a minha realidade paralela, as cozinhas eram enormes, cheias de corredores e escadas. nesse dia acho que estava fazendo o jantar, ou era almoço, ou café da manhã das pessoas corporativas e ricas. um amigo meu do zimbabue estava me contando que ele tinha deixado a africa por que era branco e agora estava com medo, tinha apanhado na rua, alguma coisa do tipo, porque parece que ser branco não era muito bem visto por lá. aí ele sacou uma lichia do bolso, perguntou se eu já havia comido. ra, na hora achei graça naquela frutinha que eu nunca tinha visto, que tinha uma casca estranha, firme, forte, que parecia realmente uma bolinha.
desde então sempre que como lichia (finais de ano, em geral) eu lembro do trampo no hotel, das comidas gostosas que eu servia para as pessoas bonitas e bem vestidas, da tristezinha que me dava, a toa assim. porque as vezes eu saia pra trabalhar e ainda estava de noite em londres, e frio, chovendo, e eu ficava chateada, porque sei lá, por que é horrível sair de casa quando ainda é de madrugada, ainda mais no frio e na chuva. mas era só na hora, por que eu me divertia demais, teria mil histórias pra contar, mil bebedeiras, mil loucuras e besteiras. na época meu sonho era saltar do ônibus vermelho pelaquela plataforma de trás, com um copo de café na mão, que nem em filme. hoje em dia nem sei mais qual é meu sonho, mas me fez bem ter realizado este.
desde então sempre que como lichia (finais de ano, em geral) eu lembro do trampo no hotel, das comidas gostosas que eu servia para as pessoas bonitas e bem vestidas, da tristezinha que me dava, a toa assim. porque as vezes eu saia pra trabalhar e ainda estava de noite em londres, e frio, chovendo, e eu ficava chateada, porque sei lá, por que é horrível sair de casa quando ainda é de madrugada, ainda mais no frio e na chuva. mas era só na hora, por que eu me divertia demais, teria mil histórias pra contar, mil bebedeiras, mil loucuras e besteiras. na época meu sonho era saltar do ônibus vermelho pelaquela plataforma de trás, com um copo de café na mão, que nem em filme. hoje em dia nem sei mais qual é meu sonho, mas me fez bem ter realizado este.
terça-feira, dezembro 29, 2009
[a desconstrução do perfeito]
atualmente a tecnologia beira a perfeição. a gente vê as rugas dos atores na televisão, as imagens são nítidas e afinadas, as cores perfeitas e balanceadas. com uma máquina fotográfica digital foda, qualquer ser (incluindo gatos, humanos e macacos) tira uma foto perfeita, com tudo no automático. digo, academicamente perfeita. em foco. com as cores, a abertura do diafragma e a velocidade perfeitas.
as pessoas se adaptaram as novas regras da lingua portuguesa. o jornalismo é tão chato que me dá sono, de tanto que abusam desse português perfeito. depois do ponto final vem letra maiúscula, e para o personagem falar, coloca-se travessão.
ninguém mais fuma nem bebe nos filmes. aliás, nem na vida real, fumar só pode na rua ou na sua casa.
tudo é esmuiçado e explicado e repetido, para que todos entendam, ninguém se sinta prejudicado. tudo é minunciosamente controlado. as histórias já começam sabendo-se seu fim.
então,
abaixo o politicamente correto, o perfeito, o belo absoluto, as palavras cuidadosamente escolhidas, o em cima do muro, o dizer não dizendo, o não dizer dizendo, o certo, o errado, a pontuação e a letra maúscula.
eu quero o grão na imagem, a sujeira, o ruido, o des-balance, o fora de foco, luz de mais, ou de menos, o acaso, a cerveja, os palavrões, a sinestesia, o corte não-linear.
walter benjamin desconstruiu o belo, eu quero desconstruir o perfeito.
atualmente a tecnologia beira a perfeição. a gente vê as rugas dos atores na televisão, as imagens são nítidas e afinadas, as cores perfeitas e balanceadas. com uma máquina fotográfica digital foda, qualquer ser (incluindo gatos, humanos e macacos) tira uma foto perfeita, com tudo no automático. digo, academicamente perfeita. em foco. com as cores, a abertura do diafragma e a velocidade perfeitas.
as pessoas se adaptaram as novas regras da lingua portuguesa. o jornalismo é tão chato que me dá sono, de tanto que abusam desse português perfeito. depois do ponto final vem letra maiúscula, e para o personagem falar, coloca-se travessão.
ninguém mais fuma nem bebe nos filmes. aliás, nem na vida real, fumar só pode na rua ou na sua casa.
tudo é esmuiçado e explicado e repetido, para que todos entendam, ninguém se sinta prejudicado. tudo é minunciosamente controlado. as histórias já começam sabendo-se seu fim.
então,
abaixo o politicamente correto, o perfeito, o belo absoluto, as palavras cuidadosamente escolhidas, o em cima do muro, o dizer não dizendo, o não dizer dizendo, o certo, o errado, a pontuação e a letra maúscula.
eu quero o grão na imagem, a sujeira, o ruido, o des-balance, o fora de foco, luz de mais, ou de menos, o acaso, a cerveja, os palavrões, a sinestesia, o corte não-linear.
walter benjamin desconstruiu o belo, eu quero desconstruir o perfeito.
sexta-feira, dezembro 25, 2009
natal é dia de... encontrar com o pai... =/
desde que meus pais se separaram, esse é um momento sempre chato, porque meu pai ficou maluco. ele namora com uma mulher escrota que diz que não gosta dos filhos deles e que vai tirar todo o dinheiro dele (e eu não estou inventando, ela realmente disse isso em um lugar que ela trabalhava. o que ela não sabia que é que tinha alguém que trabalhava lá que nos conhecia). e meu pai é meio otário na mão dela. se ela não deixar ele sair com a gente, ele não sai. se ela não deixar ele ficar com o carro, ele fica a pé.
e aí hoje a noite é dia de vê-lo. chatisse. aquele papo morno tipo "e aí, tudo bem? tudo bem. ah, que bom que tá tudo bem. é."
e aí hj me perguntaram quais eram meus planos pro futuro e eu não sei. eu achei que tudo estava super bem porque eu estava fazendo minhas coisas, meus hobbies, fotografando, escrevendo, inventando história, lendo, mas e a minha profissão, brasil? e a minha profissão? que que eu vou fazer? parece que eu até tinha esquecido disso de profissão... tipo eu trabalhava pra ganhar a grana pra eu fazer meus hobbies. mas e aí, eu vou dar aonde com isso? ai, aí agora me deu crise de fim do ano.
eu nunca liguei muito pra trabalho. tipo, eu gosto do que faço, mas meu trabalho não é meu hobbie, como é para várias pessoas que eu conheço. eu me formei em cinema, mas eu não gosto de set, estou enjoada de fazer produção e desde a faculdade não gosto de direção. na verdade eu fui estudar cinema porque foi o meu jeito de entender que eu gostava de artes, e quando eu fui fazer faculdade, cinema e artes plásticas eram as coisas mais próximas a isso. quer dizer, eu gosto da faculdade que fiz por uma experiência antropológica, aprendi a aprender muita coisa. mas agora não me interesso muito por trabalhar com isso exatamente de fazer filme. acho que tem muita coisa ainda pra descobrir. muita. e talvez isso seja um processo lento. o problema é que se eu não termino na hora, eu não termino nunca mais. por isso meus continhos são sempre muito pequenos e minhas coisas são sempre inacabadas.
só não queria acabar uma tiazona viciada em whiskie que vai sempre se lamentar da sua potencialidade jogada fora. tô ficando velha gente. tô ficando velha. vou fazer 27 anos.
desde que meus pais se separaram, esse é um momento sempre chato, porque meu pai ficou maluco. ele namora com uma mulher escrota que diz que não gosta dos filhos deles e que vai tirar todo o dinheiro dele (e eu não estou inventando, ela realmente disse isso em um lugar que ela trabalhava. o que ela não sabia que é que tinha alguém que trabalhava lá que nos conhecia). e meu pai é meio otário na mão dela. se ela não deixar ele sair com a gente, ele não sai. se ela não deixar ele ficar com o carro, ele fica a pé.
e aí hoje a noite é dia de vê-lo. chatisse. aquele papo morno tipo "e aí, tudo bem? tudo bem. ah, que bom que tá tudo bem. é."
e aí hj me perguntaram quais eram meus planos pro futuro e eu não sei. eu achei que tudo estava super bem porque eu estava fazendo minhas coisas, meus hobbies, fotografando, escrevendo, inventando história, lendo, mas e a minha profissão, brasil? e a minha profissão? que que eu vou fazer? parece que eu até tinha esquecido disso de profissão... tipo eu trabalhava pra ganhar a grana pra eu fazer meus hobbies. mas e aí, eu vou dar aonde com isso? ai, aí agora me deu crise de fim do ano.
eu nunca liguei muito pra trabalho. tipo, eu gosto do que faço, mas meu trabalho não é meu hobbie, como é para várias pessoas que eu conheço. eu me formei em cinema, mas eu não gosto de set, estou enjoada de fazer produção e desde a faculdade não gosto de direção. na verdade eu fui estudar cinema porque foi o meu jeito de entender que eu gostava de artes, e quando eu fui fazer faculdade, cinema e artes plásticas eram as coisas mais próximas a isso. quer dizer, eu gosto da faculdade que fiz por uma experiência antropológica, aprendi a aprender muita coisa. mas agora não me interesso muito por trabalhar com isso exatamente de fazer filme. acho que tem muita coisa ainda pra descobrir. muita. e talvez isso seja um processo lento. o problema é que se eu não termino na hora, eu não termino nunca mais. por isso meus continhos são sempre muito pequenos e minhas coisas são sempre inacabadas.
só não queria acabar uma tiazona viciada em whiskie que vai sempre se lamentar da sua potencialidade jogada fora. tô ficando velha gente. tô ficando velha. vou fazer 27 anos.
segunda-feira, dezembro 14, 2009
que existe um carinho por baudelaire no meu coração, acho que já comentei. mas o que me trás para para esses lados é um carinho especial que eu tenho pelo "conceito" (essa palavra é odiável, eu sei, por favor me dêem um dicionário de sinônimos de natal) de flaneur. gosto dessa idéia de não participar, e sim observar o mundo. a gente está lá, olhando de canto. gosto dessa idéia do leviano e superficial dos dândis, que quase engana as pessoas. rarara, confesso, adoro que as pessoas por vezes confundem "tontisse" com "descaso". trocando em miúdos: eu não me lembro, ou não presto atenção em muitas coisas simplesmente por que não me interessam, não porque eu tenho a memória ruim ou porque sou tonta.
desculpem-me a arrogância, é quebrei o nariz há alguns dias (e essa será a desculpa de 2010, para ganhar café da manhã na cama, não carregar peso, voltar pra casa quando estiver cansada, ficar sentada enquanto fazem o pedido no starbucks e essas coisas)
desculpem-me a arrogância, é quebrei o nariz há alguns dias (e essa será a desculpa de 2010, para ganhar café da manhã na cama, não carregar peso, voltar pra casa quando estiver cansada, ficar sentada enquanto fazem o pedido no starbucks e essas coisas)
domingo, novembro 15, 2009
tirei muita foto, viajei, descasquei na batata da perna, bebi, estou tentando ter disciplina e "tempo" (aka vergonha na cara) pra aprender after effects e gastei minhas economias numa bateria eletrônica.
agora o futuro é comprar presentes de natal e começar a juntar dinheiro novamente pra ir pra espanha ano que vem.
esse é o resumo da minha vida desde o último post.
agora o futuro é comprar presentes de natal e começar a juntar dinheiro novamente pra ir pra espanha ano que vem.
esse é o resumo da minha vida desde o último post.
sábado, outubro 24, 2009
fomos e viemos, algumas vezes andando em círculos e voltando ao ponto de partida, outras vezes voltando e vendo o ponto de partida de cima (afinal o drama gira em espirais, a personagem volta, mas ascende), de longe, as águas passadas, rir das desgraças que já foram, ver os galhinhos secos que eram os outros caminhos que a gente poderia ter seguido e não seguiu, então toda a água que a gente tirava da terra foi pro caminho atual e os outros simplesmente secaram. mas eles existem, o futuro do pretérito imperfeito. existem pra gente olhar e rir deles, de como éramos tolos.
preciso escolher qual galhinho receberá a água que venho puxando, e quais vão secar, quais me farão pensar "ah, como eu era tola".
preciso escolher qual galhinho receberá a água que venho puxando, e quais vão secar, quais me farão pensar "ah, como eu era tola".
segunda-feira, outubro 12, 2009
[quem sou eu pra contestar baudelaire?]
EMBRIAGUEM-SE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
EMBRIAGUEM-SE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
quinta-feira, setembro 24, 2009
domingo, setembro 13, 2009
estou me permitindo ser virtuosa.
sempre achei uma qualidade besta, e agora penso que talvez não seja exatamente besta, talvez seja só coisa das pessoas que amam demais alguma coisa.
esse início de verão me trás muitas lembranças de outros inícios de verão. aquele sol quente, tomar ceveja até tarde no calor, acordar já escaldada. me lembra pinda, taubaté, meu anos de colégio. me lembra uma música do team dresch "it's summer the hairs grown in on my upper thigh just like so much corn in late july but is it summer...", me lembra quando eu contei pra minha mãe que estava namorando uma menina e ela surtou, me lembra quando minha gatinha morreu e pela primeira (e uma das únicas) vez eu tomei um calmante pra dormir. me lembra pegar o ônibus pra escola e me sentir completamente sozinha no mundo, e pensar que as coisas iriam ser melhores.
me lembra que eu era só mais uma garota completamente perdida meio desesperada sem saber o que fazer. o fim do ano, o início do verão, era um periodo de pensar na vida pra mim. tentar achar um rumo, um sentido, uma namorada, uma diversão, uma paixão. essa época me lembra sempre rolês malucos que eu dava por aí, me lembra bebedeiras de leve no fim da tarde quente. toda aquela indecisão e confusão de adolescente, aquela vontade e a certeza de mudar tudo, mudar o mundo.
quando eu era menor, eu imaginava que seria um monte de coisas quando tivesse a idade que eu tenho agora, mas em nenhum momento acho que eu imaginei o que eu realmente me tornei. e, pensando nisso, vejo que não poderia ter sido melhor, que a paula de 16 anos ficaria muito orgulhosa de quem eu sou com 26. essa sensação é gostosa.
3 vivas para o fim do inverno.
sempre achei uma qualidade besta, e agora penso que talvez não seja exatamente besta, talvez seja só coisa das pessoas que amam demais alguma coisa.
esse início de verão me trás muitas lembranças de outros inícios de verão. aquele sol quente, tomar ceveja até tarde no calor, acordar já escaldada. me lembra pinda, taubaté, meu anos de colégio. me lembra uma música do team dresch "it's summer the hairs grown in on my upper thigh just like so much corn in late july but is it summer...", me lembra quando eu contei pra minha mãe que estava namorando uma menina e ela surtou, me lembra quando minha gatinha morreu e pela primeira (e uma das únicas) vez eu tomei um calmante pra dormir. me lembra pegar o ônibus pra escola e me sentir completamente sozinha no mundo, e pensar que as coisas iriam ser melhores.
me lembra que eu era só mais uma garota completamente perdida meio desesperada sem saber o que fazer. o fim do ano, o início do verão, era um periodo de pensar na vida pra mim. tentar achar um rumo, um sentido, uma namorada, uma diversão, uma paixão. essa época me lembra sempre rolês malucos que eu dava por aí, me lembra bebedeiras de leve no fim da tarde quente. toda aquela indecisão e confusão de adolescente, aquela vontade e a certeza de mudar tudo, mudar o mundo.
quando eu era menor, eu imaginava que seria um monte de coisas quando tivesse a idade que eu tenho agora, mas em nenhum momento acho que eu imaginei o que eu realmente me tornei. e, pensando nisso, vejo que não poderia ter sido melhor, que a paula de 16 anos ficaria muito orgulhosa de quem eu sou com 26. essa sensação é gostosa.
3 vivas para o fim do inverno.
quinta-feira, agosto 27, 2009
querido diário,
hoje aprendi mais uma palavra: hipster. fico muito feliz quando eu descubro que uma coisa que eu achava que só existia na minha cabeça tem nome. pois é, existe uma palavra que define aquele povo chato de bigode com roupa retrô que ouve umas músicas chatas.
essa semana foi corrida, desde de 3º pra mim já era 6º feira. reiterei a certeza na minha cabeça que se trabalhar fosse legau, a gente não seria remunerado por isso.
estou viciada em jogar the sims no celular. haja bateria!
é isso diário, te amo.
beijos
paulinha
ps: rarara, tô bêbada.
mentira. tô indo dormir.
hoje aprendi mais uma palavra: hipster. fico muito feliz quando eu descubro que uma coisa que eu achava que só existia na minha cabeça tem nome. pois é, existe uma palavra que define aquele povo chato de bigode com roupa retrô que ouve umas músicas chatas.
essa semana foi corrida, desde de 3º pra mim já era 6º feira. reiterei a certeza na minha cabeça que se trabalhar fosse legau, a gente não seria remunerado por isso.
estou viciada em jogar the sims no celular. haja bateria!
é isso diário, te amo.
beijos
paulinha
ps: rarara, tô bêbada.
mentira. tô indo dormir.
segunda-feira, agosto 17, 2009
ando meio zuada, meu corpo está meio apodrecendo, eu tive conjuntivite, não estou enxergando direito, tenho micoses, fungos, tosse, desarranjos de estômago, azia, comi mal, bebi demais, perdi meu celular, fiquei presa num elevador por 30 minutos e parecia que eu nunca mais ia conseguir sair de lá, e parecia que era aquilo que sartre já tinha dito, o inferno eram os outros, o inferno é uma salinha e a gente trancado com outras pessoas, sem a gente nunca poder sair de lá, nunca poder dormir, nunca poder fugir. e minhas costas já estavam molhadas, e quando finalmente abriu aquela porta do elevador eu sai correndo que era a coisa que eu mais queria fazer naquele momento.
só se sentem verdadeiramente bem em casa
só se sentem verdadeiramente bem em casa
sexta-feira, agosto 14, 2009
conversando esses dias com o sr. lucas lui agente laranja, chegamos a conclusão que a gente tem mais em comum do que sermos arianos com ascendente em áries (sim, nós somos as pessoas mais adoráveis e mais insuportáveis que vocês conhecem), nós também somos MORNING PEOPLE. ou seja, funcionamos melhor de manhã.
assim, a gente aceita novas requisições de trabalhos até as 16h30, no máximo. se for algo meio complicado, até as 15h30. se não, é tipo funcionário público: a gente vai se esforçar, mas só vai ficar pronto no dia seguinte. o ideal é pedir as coisas a noite, que aí a gente, morning people, vai ver no email só na manhã do dia seguinte.
a tarde, fim de tarde, nada mais fazemos, a não ser tomar café, comer o lanchinho da tarde, organizar as pastas do desktop e no email.
assim, a gente aceita novas requisições de trabalhos até as 16h30, no máximo. se for algo meio complicado, até as 15h30. se não, é tipo funcionário público: a gente vai se esforçar, mas só vai ficar pronto no dia seguinte. o ideal é pedir as coisas a noite, que aí a gente, morning people, vai ver no email só na manhã do dia seguinte.
a tarde, fim de tarde, nada mais fazemos, a não ser tomar café, comer o lanchinho da tarde, organizar as pastas do desktop e no email.
terça-feira, julho 28, 2009
[a diferença de dois quadrados]
Enquanto você é reto e geométrico, eu sou curva, sinuosa e orgânica. Eu sou gatos e estrelas, você é quadrados e linhas paralelas cuidadosamente traçadas. Eu escrevo com letra de mão, torta e trêmula, borrada pelo grafite do lápis 3B. Você faz devagar, com caneta nankin 0.3, tipos medidos e estudados, que você mesmo criou. Sou palavras, você é imagens. Mas somos ficções: histórias ou desenhos. Se é a minha cara jogar tudo pro alto e encher a cara de 5º a noite, é a sua não querer sair de casa nem no sábado. Até um dia que virou a minha cara dormir as 23h achando que já era tarde, e a sua se perder por aí, sem saber como nem aonde, quando nem porque. Já falei demais, para agora então entender seu silêncio, e eu sei que nessa falação que você anda, você entendeu o que acabou virando a minha quietude. Eu já critiquei sua frieza e individualismo, hoje me incomodo com a intromissão: meu mundo é só meu. Você finalmente quis sair da concha: o mundo lá fora é todo seu, abrace-o. Sinta agora o abandono, pra se sentir bem debaixo do seu teto, enquanto eu me fortaleço debaixo do meu teto, de tanto abandono que já me deixei estar.
De tantos opostos que éramos, achávamos que nos completaríamos.
Falhamos, claro.
Enquanto você é reto e geométrico, eu sou curva, sinuosa e orgânica. Eu sou gatos e estrelas, você é quadrados e linhas paralelas cuidadosamente traçadas. Eu escrevo com letra de mão, torta e trêmula, borrada pelo grafite do lápis 3B. Você faz devagar, com caneta nankin 0.3, tipos medidos e estudados, que você mesmo criou. Sou palavras, você é imagens. Mas somos ficções: histórias ou desenhos. Se é a minha cara jogar tudo pro alto e encher a cara de 5º a noite, é a sua não querer sair de casa nem no sábado. Até um dia que virou a minha cara dormir as 23h achando que já era tarde, e a sua se perder por aí, sem saber como nem aonde, quando nem porque. Já falei demais, para agora então entender seu silêncio, e eu sei que nessa falação que você anda, você entendeu o que acabou virando a minha quietude. Eu já critiquei sua frieza e individualismo, hoje me incomodo com a intromissão: meu mundo é só meu. Você finalmente quis sair da concha: o mundo lá fora é todo seu, abrace-o. Sinta agora o abandono, pra se sentir bem debaixo do seu teto, enquanto eu me fortaleço debaixo do meu teto, de tanto abandono que já me deixei estar.
De tantos opostos que éramos, achávamos que nos completaríamos.
Falhamos, claro.
sexta-feira, julho 24, 2009
no meu firefox tenho um add-on chamado WOT, que mede a segurança do site, avisa quando o site que a gente tá entrando não é confiável e essas coisas.
QUAL A MINHA SURPRESA AO VER QUE ESSE BLOG QUE VOS LEEM é mal avaliado pelo WOT? vejam imagem abaixo. do lado esquerdo é a avaliação do WOT, do lado direito é a minha avaliação.
no primeiro ítem achei OK, ambos achamos que esse blog é confiável e não passa virus pros nossos coleguinhas leitores.
no segundo ítem o WOT não acha o vendedor muito confiável nesse blog. tb achei OK, até mesmo porque a gente não vende nada. mas na minha avaliação se eu vendesse alguma coisa eu seria muito confiável, então coloquei que eu era EXCELENTE.
terceiro ítem, PRIVACIDADE, o WOT tb não achou muito legal não, aí foda-se, porque eu acho que as pessoas aqui tem privacidade, e coloquei EXCELENTE tb.
mas no quarto ítem, CHILD SAFETY, o mínimo é realmente eu concordar com o WOT. eu não deixaria meu filho ler isso aqui, então POOR nele.
QUAL A MINHA SURPRESA AO VER QUE ESSE BLOG QUE VOS LEEM é mal avaliado pelo WOT? vejam imagem abaixo. do lado esquerdo é a avaliação do WOT, do lado direito é a minha avaliação.
no primeiro ítem achei OK, ambos achamos que esse blog é confiável e não passa virus pros nossos coleguinhas leitores.
no segundo ítem o WOT não acha o vendedor muito confiável nesse blog. tb achei OK, até mesmo porque a gente não vende nada. mas na minha avaliação se eu vendesse alguma coisa eu seria muito confiável, então coloquei que eu era EXCELENTE.
terceiro ítem, PRIVACIDADE, o WOT tb não achou muito legal não, aí foda-se, porque eu acho que as pessoas aqui tem privacidade, e coloquei EXCELENTE tb.
mas no quarto ítem, CHILD SAFETY, o mínimo é realmente eu concordar com o WOT. eu não deixaria meu filho ler isso aqui, então POOR nele.
a grande novidade é que eu estou ARRASANDO de férias.
a grande regra é acordar sem despertador todo dia. e se o gato tá descansando, tenho que ajuda-la a descansar. a grazi saiu pra trabalhar e eu fiquei, de pijamas. passei vários dias sendo mimada pela mami (e descobri que a velha acorda mais tarde que eu, olha que absurdo! hahaha)
tô botando a leitura em dia. vendo milhões de filmes e vou tirar milhões de fotos, assim que minha máquina nova chegar (os filmes já chegaram YAY!)
e é isso gente. coisa linda de meu deus.
a grande regra é acordar sem despertador todo dia. e se o gato tá descansando, tenho que ajuda-la a descansar. a grazi saiu pra trabalhar e eu fiquei, de pijamas. passei vários dias sendo mimada pela mami (e descobri que a velha acorda mais tarde que eu, olha que absurdo! hahaha)
tô botando a leitura em dia. vendo milhões de filmes e vou tirar milhões de fotos, assim que minha máquina nova chegar (os filmes já chegaram YAY!)
e é isso gente. coisa linda de meu deus.
quarta-feira, julho 15, 2009
domingo, julho 12, 2009
CONTRA-CULTURA, PORRA!
numa época que a batalha de djs está saindo no jornal, que o moderno-alternativo que um dia foi a contra cultura agora foram completamente absorvidos e acolhidos pela cultura chapa branca, o que a gente precisa? contra-cultura, porra!!
históricamente é sabido que as gerações sempre se negam. a regra do apolíneo e dionisiaco, lembra? o modernismo negou o academicismo. estou farto do lirismo comedido, do lirismo bem comportado. porque a partir do momento que as coisas são absorvidas pela chapa branca, vira "da sociedade", vira punk de boutique, vira o junior do sandy & junior querendo ser rebelde, o marcos mion querendo fazer graça com o ashton kutcher no twitter.
então chega né. NAO QUERO MAIS VER GENTE USANDO AQUELE NIKE GORDINHO DE CANO ALTO e ocrinhos de grau de velho enorme e quadrado HEIN CARAI.
tchau hein.
numa época que a batalha de djs está saindo no jornal, que o moderno-alternativo que um dia foi a contra cultura agora foram completamente absorvidos e acolhidos pela cultura chapa branca, o que a gente precisa? contra-cultura, porra!!
históricamente é sabido que as gerações sempre se negam. a regra do apolíneo e dionisiaco, lembra? o modernismo negou o academicismo. estou farto do lirismo comedido, do lirismo bem comportado. porque a partir do momento que as coisas são absorvidas pela chapa branca, vira "da sociedade", vira punk de boutique, vira o junior do sandy & junior querendo ser rebelde, o marcos mion querendo fazer graça com o ashton kutcher no twitter.
então chega né. NAO QUERO MAIS VER GENTE USANDO AQUELE NIKE GORDINHO DE CANO ALTO e ocrinhos de grau de velho enorme e quadrado HEIN CARAI.
tchau hein.
quinta-feira, julho 09, 2009
sábado, julho 04, 2009
domingo, junho 28, 2009
[as pessoas ao meu redor - obviamente isso me inclue]
principalmente? estão sempre exagerando.
elas bebem demais, fumam demais, se drogam demais, sofrem demais, são carentes demais, estão em crise demais.
uma vez uma amiga minha disse que depois dos 24 anos as pessoas vão consolidando sua loucura, e, de olhar pra cada um, a gente já entende tudo, qual é a loucura de cada um. e invariavelmente todo mundo tem a sua, não adianta tirar o corpo fora. achar que não se tem nenhuma loucura é uma dessas loucuras, inclusive.
enfim, digo isso, porque a gente sofre. vira e mexe algum amigo meu está sofrendo por estar perturbado. e são perturbações meio sem sentido, sem motivo. por exemplo, eu tenho um emprego bacana, que eu gosto, ganho um salário que paga minhas contas e minhas pequenas superfluidades, namoro alguém que eu gosto, que gosta de mim e as vezes sinto uma coisa aqui dentro que sei lá, eu não sei explicar. será que a vida é isso? tipo, eu cheguei no auge da vida? me pego pensando em aprender piano, fazer um mestrado, ou comprar uma máquina fotográfica melhor, tentando arrumar coisas para me completar, mas parece que o que era pra ser feito, o principal, já foi feito.
quando eu estava estudando para o vestibular foi uma época difícil, mas eu tinha um objetivo muito grande e aquilo mantinha viva dentro de mim a chaminha da esperança de que tudo irá melhorar: eu tinha que passar no vestibular. agora eu não tenho mais objetivos concretos assim. tenho alguns objetivos jogados, algumas coisas que eu acho que seriam interessantes de serem feitas, mas eu não sei se essa chama ainda está acesa ou está apagada. viver tendo altos e baixos é muito ruim, mas a estabilidade também pode ser algo insuportável. a estabilidade parece que não combina com aquele sentimento de "eterna busca do que pode ser melhor". a gente está estável, logo não busca mais. eu estou tentando buscar alguma coisa mas eu não sei. nada me apetece para ser buscado. hoje eu pensei em aprender a tag DIV para melhorar o template desse blog e logo desisti, parecia chato demais, difícil demais, parecia que o esforço que eu ia fazer pra aprender não ia valer o benefício. então eu desisti. e isso tem sido uma constante na minha vida. eu acho que nada vale a pena a ponto de eu me esforçar para conseguir. mas acho que isso não está certo. não é pra gente se sentir assim. alguma coisa está errada mas eu não estou sabendo o que. alguma coisa dentro de mim morreu, mas eu ainda não sei o que.
ok, esse post não era pra chegar em lugar em nenhum, só estou tendo considerações sobre a vida.
principalmente? estão sempre exagerando.
elas bebem demais, fumam demais, se drogam demais, sofrem demais, são carentes demais, estão em crise demais.
uma vez uma amiga minha disse que depois dos 24 anos as pessoas vão consolidando sua loucura, e, de olhar pra cada um, a gente já entende tudo, qual é a loucura de cada um. e invariavelmente todo mundo tem a sua, não adianta tirar o corpo fora. achar que não se tem nenhuma loucura é uma dessas loucuras, inclusive.
enfim, digo isso, porque a gente sofre. vira e mexe algum amigo meu está sofrendo por estar perturbado. e são perturbações meio sem sentido, sem motivo. por exemplo, eu tenho um emprego bacana, que eu gosto, ganho um salário que paga minhas contas e minhas pequenas superfluidades, namoro alguém que eu gosto, que gosta de mim e as vezes sinto uma coisa aqui dentro que sei lá, eu não sei explicar. será que a vida é isso? tipo, eu cheguei no auge da vida? me pego pensando em aprender piano, fazer um mestrado, ou comprar uma máquina fotográfica melhor, tentando arrumar coisas para me completar, mas parece que o que era pra ser feito, o principal, já foi feito.
quando eu estava estudando para o vestibular foi uma época difícil, mas eu tinha um objetivo muito grande e aquilo mantinha viva dentro de mim a chaminha da esperança de que tudo irá melhorar: eu tinha que passar no vestibular. agora eu não tenho mais objetivos concretos assim. tenho alguns objetivos jogados, algumas coisas que eu acho que seriam interessantes de serem feitas, mas eu não sei se essa chama ainda está acesa ou está apagada. viver tendo altos e baixos é muito ruim, mas a estabilidade também pode ser algo insuportável. a estabilidade parece que não combina com aquele sentimento de "eterna busca do que pode ser melhor". a gente está estável, logo não busca mais. eu estou tentando buscar alguma coisa mas eu não sei. nada me apetece para ser buscado. hoje eu pensei em aprender a tag DIV para melhorar o template desse blog e logo desisti, parecia chato demais, difícil demais, parecia que o esforço que eu ia fazer pra aprender não ia valer o benefício. então eu desisti. e isso tem sido uma constante na minha vida. eu acho que nada vale a pena a ponto de eu me esforçar para conseguir. mas acho que isso não está certo. não é pra gente se sentir assim. alguma coisa está errada mas eu não estou sabendo o que. alguma coisa dentro de mim morreu, mas eu ainda não sei o que.
ok, esse post não era pra chegar em lugar em nenhum, só estou tendo considerações sobre a vida.
sexta-feira, junho 19, 2009
[viver sem tempos mortos]
ontem fui assistir a peça da fernanda montenegro fazendo a simone de bauvoir.
eu fiquei pensando muito nessa história de viver sem tempos mortos, e todo esse fuzuê que as pessoas fazem em cima da idéia de liberdade.
e então a peça termina com "viver sem tempos mortos", sob uma salva infinita de palmas. eu acho que essa coisa fazia todo sentido em 68, mas hoje, nos tempos atuais, não sei se cabe tanto. eu quero viver COM tempos mortos. eu não quero me obrigar a aproveitar tudo. eu quero o tempo morto, o ar parado, o mormaço. eu gosto do vazio, do inútil, do tempo escorrendo preguiçoso. eu prefiro esvaziar cheios da minha vida do que preencher os vazios.
eu não quero essa liberdade empurrada, obrigada, que parece que as pessoas hoje em dia vivem. essa rebeldia descabida, esse desapego gratuito. não orna mais, não faz mais sentido, nós não estamos mais lutando por nada, nem temos mais objetivos. a luta pela liberdade é vazia, é querer preencher necessidades reais com coisas aleatórias, pra ver se dá a sensação de completude.
na reportagem da montenegro na bravo ela diz que a verdadeira subversão dela e do marido foi terem sido fiéis o tempo todo que foram casados. não que eu seja a favor da monogamia, da moral e dos costumes, NÃO MESMO. mas é que eu acho que essas supostas "liberdades" viraram todas banais, e são seguidas impensadamente, como dogmas contemporâneos. eu concordo que a verdadeira subversão é realmente se fazer o que quer. esse é o mais difícil, e o mais importante, mesmo que seja um clichê puro.
a minha geração é meio perdida. as pessoas estão meio procurando alguma coisa mas ainda não sabem bem o que, estão na dúvida do que precisam e simplesmente tentam. não temos mais que lutar por nada, nossa vida está ganha, a filosofia está toda feita, o mundo está criado. o que sobrou pra gente fazer? pra mim sobrou o tempo vazio, o tédio, o tempo morto lá fora, mas vivo e intenso dentro de mim, o meu mundo: eu. não digo nem um antropocentrismo, porque seria abranger demais. não é o homem generalizado o centro do mundo, sou EU. eucentrismo. as vezes eu acordo de manhã e me pergunto, porque eu acordei? as perguntas que me faço sempre começam com "porque eu.......................?".
não quero saber da fome do mundo, da política brasileira, da injustiça, não quero mudar nada, essa é a sua revolução, eu quero fazer a minha.
ontem fui assistir a peça da fernanda montenegro fazendo a simone de bauvoir.
eu fiquei pensando muito nessa história de viver sem tempos mortos, e todo esse fuzuê que as pessoas fazem em cima da idéia de liberdade.
e então a peça termina com "viver sem tempos mortos", sob uma salva infinita de palmas. eu acho que essa coisa fazia todo sentido em 68, mas hoje, nos tempos atuais, não sei se cabe tanto. eu quero viver COM tempos mortos. eu não quero me obrigar a aproveitar tudo. eu quero o tempo morto, o ar parado, o mormaço. eu gosto do vazio, do inútil, do tempo escorrendo preguiçoso. eu prefiro esvaziar cheios da minha vida do que preencher os vazios.
eu não quero essa liberdade empurrada, obrigada, que parece que as pessoas hoje em dia vivem. essa rebeldia descabida, esse desapego gratuito. não orna mais, não faz mais sentido, nós não estamos mais lutando por nada, nem temos mais objetivos. a luta pela liberdade é vazia, é querer preencher necessidades reais com coisas aleatórias, pra ver se dá a sensação de completude.
na reportagem da montenegro na bravo ela diz que a verdadeira subversão dela e do marido foi terem sido fiéis o tempo todo que foram casados. não que eu seja a favor da monogamia, da moral e dos costumes, NÃO MESMO. mas é que eu acho que essas supostas "liberdades" viraram todas banais, e são seguidas impensadamente, como dogmas contemporâneos. eu concordo que a verdadeira subversão é realmente se fazer o que quer. esse é o mais difícil, e o mais importante, mesmo que seja um clichê puro.
a minha geração é meio perdida. as pessoas estão meio procurando alguma coisa mas ainda não sabem bem o que, estão na dúvida do que precisam e simplesmente tentam. não temos mais que lutar por nada, nossa vida está ganha, a filosofia está toda feita, o mundo está criado. o que sobrou pra gente fazer? pra mim sobrou o tempo vazio, o tédio, o tempo morto lá fora, mas vivo e intenso dentro de mim, o meu mundo: eu. não digo nem um antropocentrismo, porque seria abranger demais. não é o homem generalizado o centro do mundo, sou EU. eucentrismo. as vezes eu acordo de manhã e me pergunto, porque eu acordei? as perguntas que me faço sempre começam com "porque eu.......................?".
não quero saber da fome do mundo, da política brasileira, da injustiça, não quero mudar nada, essa é a sua revolução, eu quero fazer a minha.
segunda-feira, junho 15, 2009
oi, eu não fui na parada gay ontem. alguém me conta como foi?
não sei se vcs sabem, através dessa coisa linda e bizarra dos tempos modernos chamada sitemeter, a gente pode ter acesso a alguns dados dos visitantes dos sites, como por exemplo, o que a pessoa colocou no google para achar o link do blog (calma gente, não tem como saber nome, rg, endereço nada. não sei se vcs tem medo, mas eu tenho, que o tio google saiba de tudo).
pois então, tenho notado que algumas pessoas chegam até esse blog que vcs estão lendo colocando um endereço específico no google: www.tiazona.net
como isso se repetiu algumas vezes, fiquei curiosa e entrei no tal site e A-D-O-R-E-I. é putaria pura, da mais baixa. enfim, pensei duas coisas:
1. começar a colocar putaria aqui tb, pros órfãos desse site que entram aqui não ficarem tão desapontados com um monte de texto e uma foto de um gato
2. sugerir com eles uma troca de banners, eles põe o banner do meu blog na página deles e eu ponho o banner deles aqui. afinal, a gente divide o mesmo público.
tb aceito sugestões.
não sei se vcs sabem, através dessa coisa linda e bizarra dos tempos modernos chamada sitemeter, a gente pode ter acesso a alguns dados dos visitantes dos sites, como por exemplo, o que a pessoa colocou no google para achar o link do blog (calma gente, não tem como saber nome, rg, endereço nada. não sei se vcs tem medo, mas eu tenho, que o tio google saiba de tudo).
pois então, tenho notado que algumas pessoas chegam até esse blog que vcs estão lendo colocando um endereço específico no google: www.tiazona.net
como isso se repetiu algumas vezes, fiquei curiosa e entrei no tal site e A-D-O-R-E-I. é putaria pura, da mais baixa. enfim, pensei duas coisas:
1. começar a colocar putaria aqui tb, pros órfãos desse site que entram aqui não ficarem tão desapontados com um monte de texto e uma foto de um gato
2. sugerir com eles uma troca de banners, eles põe o banner do meu blog na página deles e eu ponho o banner deles aqui. afinal, a gente divide o mesmo público.
tb aceito sugestões.
sábado, junho 13, 2009
[tenho precisado de óculos com mais frequencias, as dores de cabeça estão mais fortes e eu estou cada vez enxergando pior]
feliz dia dos namorados pro meu amorzinho...
ontem estava conversando com meus amigos sobre ela, e cheguei a conclusão que eu nunca gostei de alguém da forma que eu gosto dela. a ênfase não é nem sobre a intensidade, mas sobre a forma de gostar. uma coisa mais saudável, de pessoas adultas, que tomam as próprias decisões, tem seu próprio dinheiro e estão tentando fazer as coisas darem certo, tentando arrumar um emprego melhor, querendo juntar dinheiro pra comprar um sofá novo, pensando na casinha própria, cuidando do gato e planejando cachorros. eu gosto disso.
feliz dia dos namorados pro meu amorzinho...
ontem estava conversando com meus amigos sobre ela, e cheguei a conclusão que eu nunca gostei de alguém da forma que eu gosto dela. a ênfase não é nem sobre a intensidade, mas sobre a forma de gostar. uma coisa mais saudável, de pessoas adultas, que tomam as próprias decisões, tem seu próprio dinheiro e estão tentando fazer as coisas darem certo, tentando arrumar um emprego melhor, querendo juntar dinheiro pra comprar um sofá novo, pensando na casinha própria, cuidando do gato e planejando cachorros. eu gosto disso.
quarta-feira, junho 03, 2009
quinta-feira, maio 28, 2009
arrumei uns sonhos aí.
não páro de comer.
ando cansada.
ontem a noite parecia que eu ia ter que arrancar meu apêndice fora, mas aí a dor passou.
o tempo engana que tá frio, na verdade tá calor pra cacete.
vou voltar a tomar a pílula da felicidade e ser feliz forever and ever and ever
preciso de dinheiro, preciso pagar menos imposto, preciso precisar das coisas.
preciso de um restaurante japonês, FATO.
não páro de comer.
ando cansada.
ontem a noite parecia que eu ia ter que arrancar meu apêndice fora, mas aí a dor passou.
o tempo engana que tá frio, na verdade tá calor pra cacete.
vou voltar a tomar a pílula da felicidade e ser feliz forever and ever and ever
preciso de dinheiro, preciso pagar menos imposto, preciso precisar das coisas.
preciso de um restaurante japonês, FATO.
domingo, maio 24, 2009
quinta-feira, maio 21, 2009
terça-feira, maio 19, 2009
[estabilidade de dar medo]
de 2º a 6º o despertador toca as 6h50, as 7h, as 7h10, as 7h20 e, depois de achar que é impossível acordar de tão cansada que eu me sinto, eu consigo sair debaixo do cobertor, levantar da cama, e finalmente me sentir ótima e descansada. tomo meio copo de iogurte, enquanto ponho pra esquentar meia caneca de leite. quando a grá quer café tb, faço 1 caneca inteira, quando ela toma leite ninho misturado com água, eu faço só meia caneca pro meu café com leite. faço meu pãozinho: geralmente qualquer coisa com manteiga. termino de comer as 7h47, quando ainda está passando the new adventures of old christine. troco de roupa e banheiro: lavar o rosto, escovar os dentes, passar filtro solar (mentiria se falasse sobre arrumar o cabelo, geralmente esqueço completamente dele). coloco o tenis. pego meu almoço na geladeira, uma banana, um club social, um docinho, coloco tudo dentro da minha mochila. troco a areia do gato, coloco mais comida, mais água. pego a bicicleta e vou trabalhar. pedalo 4.5km pra ir e 4.5km pra voltar.
não fumo há muito tempo. não bebo exageradamente desde a virada cultural. durmo por volta das 23h todos os dias, e passo creme anti-olheiras. uso manteiga de cacau, filtro solar não oleoso, creme com filtro solar para as mãos. por dia eu como pelo menos 1 uma fruta (prefiro que seja mais), verduras e/ou legumes em pelo menos uma refeição e bebo pelo menos 2L de água. penso em comida balanceada: carboidrato, proteina, vitaminas, fibras, serotonina, cacau.
oi, quem sou eu?
de 2º a 6º o despertador toca as 6h50, as 7h, as 7h10, as 7h20 e, depois de achar que é impossível acordar de tão cansada que eu me sinto, eu consigo sair debaixo do cobertor, levantar da cama, e finalmente me sentir ótima e descansada. tomo meio copo de iogurte, enquanto ponho pra esquentar meia caneca de leite. quando a grá quer café tb, faço 1 caneca inteira, quando ela toma leite ninho misturado com água, eu faço só meia caneca pro meu café com leite. faço meu pãozinho: geralmente qualquer coisa com manteiga. termino de comer as 7h47, quando ainda está passando the new adventures of old christine. troco de roupa e banheiro: lavar o rosto, escovar os dentes, passar filtro solar (mentiria se falasse sobre arrumar o cabelo, geralmente esqueço completamente dele). coloco o tenis. pego meu almoço na geladeira, uma banana, um club social, um docinho, coloco tudo dentro da minha mochila. troco a areia do gato, coloco mais comida, mais água. pego a bicicleta e vou trabalhar. pedalo 4.5km pra ir e 4.5km pra voltar.
não fumo há muito tempo. não bebo exageradamente desde a virada cultural. durmo por volta das 23h todos os dias, e passo creme anti-olheiras. uso manteiga de cacau, filtro solar não oleoso, creme com filtro solar para as mãos. por dia eu como pelo menos 1 uma fruta (prefiro que seja mais), verduras e/ou legumes em pelo menos uma refeição e bebo pelo menos 2L de água. penso em comida balanceada: carboidrato, proteina, vitaminas, fibras, serotonina, cacau.
oi, quem sou eu?
quinta-feira, maio 14, 2009
[hoje eu estou tão dolorida que estou comunicativa, rindo]
eu queria acreditar na justiça, na polícia e nessas coisas, pro ódio não ter que me corroer.
ontem me contaram que o vizinho que matou meus gatos (que matou mais um gato e chamou o moço da limpeza para tirar) perguntou na rua o que aconteceu com os gatos, e quando ouviu que eles tinham sumido ele riu e saiu andando calmamente de bicicleta.
isso me doeu de um jeito que parecia que só ia passar se eu batesse nele até ele sangrar, ou se eu fizesse ele chorar de verdade, ou sentir uma tristeza bem grande. e aí eu passei o resto da noite pensando em formas de fazer ele sofrer:
- jogar pedras nele quando ele passar de bicicleta na frente da minha casa
- arranhar o carro dele de madrugada
- ficar miando quando ele estiver por perto.
- chamar ele de assassino todas as vezes que não tiver ninguém por perto
e aí eu apaguei a luz, chorei um pouco quietinha na cama e dormi.
eu queria acreditar na justiça, na polícia e nessas coisas, pro ódio não ter que me corroer.
ontem me contaram que o vizinho que matou meus gatos (que matou mais um gato e chamou o moço da limpeza para tirar) perguntou na rua o que aconteceu com os gatos, e quando ouviu que eles tinham sumido ele riu e saiu andando calmamente de bicicleta.
isso me doeu de um jeito que parecia que só ia passar se eu batesse nele até ele sangrar, ou se eu fizesse ele chorar de verdade, ou sentir uma tristeza bem grande. e aí eu passei o resto da noite pensando em formas de fazer ele sofrer:
- jogar pedras nele quando ele passar de bicicleta na frente da minha casa
- arranhar o carro dele de madrugada
- ficar miando quando ele estiver por perto.
- chamar ele de assassino todas as vezes que não tiver ninguém por perto
e aí eu apaguei a luz, chorei um pouco quietinha na cama e dormi.
domingo, maio 10, 2009
[comentários sobre a folha de domingo]
- emociono ao ler reportagens de ciência e física (cadernos principal e mais). vi a galera indo reparar o hubble e me deu quase uma melancolia, de não ter seguido minha vontade inicial de ser astrônoma. ainda tenho que fazer física ou matemática nessa vida (realização pessoal gente, me deixa, hahahaha)
- documentário sobre o raul seixas na mônica bergamo: a coluna dela de dia de semana é SACAL, mas de domingo sempre é bacana. aliás, essa regra vale pro jornal inteiro, por isso só leio de domingo. tem uma parte da reportagem que fala de um amigo do raul, contando do dia que ele morreu, que quando ele contou a história e a diretora de arte do tal documentário sentou no chão e chorou. aí eu fiquei com muita vergonha e resolvi que tinha que falar sobre isso. não entendo essas coisas que as pessoas tem pelo raul seixas. gente, ele era um chapado sexista que se achava e falava da sociedade alternativa, OIEEEE, ele não foi o primeiro e nem será o último! aí o cara morre alcoolatra e drogado e neguinho chora de tristeza. ah vá.
- vange leonel na revista da folha: me dá uma coluna que não fica tão ruim quanto a "gls" dela. vange = calada noite preta, ponto final.
- datacasa na revista da folha: adoro, sempre quando estiver em dúvida de quanto pagar para o meu motorista particular ou pra minha cozinheira de trivial fino/variado, checo lá os valores em R$
- danuza leão no cotidiano: sou FÃ dela. já li vários livros e A-D-O-R-O, inclusive aquele de etiqueta, acho que chama "na sala com danuza". adoro que ela age como se gente rico fosse meio burro e tem que explicar tudo pra eles. tem um outro livro de crônicas dela que é ótimo tb. agora que ela ficou baranga, ficou. fato. e era tão bonitinha.
bom é isso. vou comprar meu presente de dia das mães, afinal né, a velha merece.
- emociono ao ler reportagens de ciência e física (cadernos principal e mais). vi a galera indo reparar o hubble e me deu quase uma melancolia, de não ter seguido minha vontade inicial de ser astrônoma. ainda tenho que fazer física ou matemática nessa vida (realização pessoal gente, me deixa, hahahaha)
- documentário sobre o raul seixas na mônica bergamo: a coluna dela de dia de semana é SACAL, mas de domingo sempre é bacana. aliás, essa regra vale pro jornal inteiro, por isso só leio de domingo. tem uma parte da reportagem que fala de um amigo do raul, contando do dia que ele morreu, que quando ele contou a história e a diretora de arte do tal documentário sentou no chão e chorou. aí eu fiquei com muita vergonha e resolvi que tinha que falar sobre isso. não entendo essas coisas que as pessoas tem pelo raul seixas. gente, ele era um chapado sexista que se achava e falava da sociedade alternativa, OIEEEE, ele não foi o primeiro e nem será o último! aí o cara morre alcoolatra e drogado e neguinho chora de tristeza. ah vá.
- vange leonel na revista da folha: me dá uma coluna que não fica tão ruim quanto a "gls" dela. vange = calada noite preta, ponto final.
- datacasa na revista da folha: adoro, sempre quando estiver em dúvida de quanto pagar para o meu motorista particular ou pra minha cozinheira de trivial fino/variado, checo lá os valores em R$
- danuza leão no cotidiano: sou FÃ dela. já li vários livros e A-D-O-R-O, inclusive aquele de etiqueta, acho que chama "na sala com danuza". adoro que ela age como se gente rico fosse meio burro e tem que explicar tudo pra eles. tem um outro livro de crônicas dela que é ótimo tb. agora que ela ficou baranga, ficou. fato. e era tão bonitinha.
bom é isso. vou comprar meu presente de dia das mães, afinal né, a velha merece.
sábado, maio 09, 2009
eu tenho um problema de sociabilidade. quando eu fico perto dos outros eu tenho vontade de enfiar a cabeça dentro da terra. fico toda hora pensando que se eu estivesse em casa ou sozinha seria muito mais legal. eu sei que não é certo, pq as pessoas são legais também, mas eu acho que tenho problemas.
meu vizinho matou meus dois gatos. essas aí de cima. ele ameaçou algumas vezes. e aí um dia elas sumiram. nem o corpinho delas foi achado.
in memorian de filé miau e lisa maria.
acho que por essas e outras eu sou perdoada por não gostar das pessoas em geral.
meu vizinho matou meus dois gatos. essas aí de cima. ele ameaçou algumas vezes. e aí um dia elas sumiram. nem o corpinho delas foi achado.
in memorian de filé miau e lisa maria.
acho que por essas e outras eu sou perdoada por não gostar das pessoas em geral.
sexta-feira, abril 24, 2009
[das grandes mentiras]
tô melancólica hoje. acho que é a chuvinha.
tô lendo um livro. vou contar a história em algumas linhas.
mocinho larga mocinha porque ela era muito chata e blase, mas quando está longe dela, descobre que morre de saudades dela, mesmo ela só reclamando e se achando.
aí ele conhece uma outra pessoa que mostra pra ele que, aos olhos de um qualquer, a mocinha dele é igual a qualquer outra do mundo, mas para ele, ela é a mais importante do mundo, pois ele foi "apprivoise" por ela.
aí essa pessoa explica para o mocinho o que é apprivoiser, e como se apprivoise uma pessoa. que ele deve apenas olhar, não falar nada. que ele deve vir visita-la na mesma hora sempre (ai vem a celebre frase: "se vc disser que vem as 4h, as 3h já começo a ficar feliz"). que a vida é entediante, e quando se está apprivoisée tudo fica ensolarado.
duas remarcas:
1. troque esses personagens por um pequeno principe, uma rosa e uma raposa e você tem o livro do exupéry.
2. apprivoiser, palavra utilizada no livro original em francês, quer dizer domesticar. (pra vcs verem que nem fui eu que inventei essa metáfora).
tô melancólica hoje. acho que é a chuvinha.
tô lendo um livro. vou contar a história em algumas linhas.
mocinho larga mocinha porque ela era muito chata e blase, mas quando está longe dela, descobre que morre de saudades dela, mesmo ela só reclamando e se achando.
aí ele conhece uma outra pessoa que mostra pra ele que, aos olhos de um qualquer, a mocinha dele é igual a qualquer outra do mundo, mas para ele, ela é a mais importante do mundo, pois ele foi "apprivoise" por ela.
aí essa pessoa explica para o mocinho o que é apprivoiser, e como se apprivoise uma pessoa. que ele deve apenas olhar, não falar nada. que ele deve vir visita-la na mesma hora sempre (ai vem a celebre frase: "se vc disser que vem as 4h, as 3h já começo a ficar feliz"). que a vida é entediante, e quando se está apprivoisée tudo fica ensolarado.
duas remarcas:
1. troque esses personagens por um pequeno principe, uma rosa e uma raposa e você tem o livro do exupéry.
2. apprivoiser, palavra utilizada no livro original em francês, quer dizer domesticar. (pra vcs verem que nem fui eu que inventei essa metáfora).
sábado, abril 18, 2009
ando com uma coisa assim que fica me incomodando e me cutucando e eu não sei o que exatamente essa dor de cabeça chata eterna que vem me acompanhando, e tem algumas coisas que me dão frio na barriga e que eu não sei explicar direito, aí eu resolvi inventar uma pessoa que não era eu na verdade, mas era, a diferença que é sempre mais legal viver na ficção do que na vida real, que daí a gente escolhe nossa roupa e o lugar onde a gente vive. então, aí meu alter-eu vive na idade média e é um forjador de bicos de penas, e meu nome é simone de au revoir, porque ela tá sempre indo embora.
e ela/ele (tenho problemas com identidade de gênero) é um forjador de idéias alheias, é quem dá a forma de algo que vai dar a forma de toda ficção que existe no reino (pq é obvio que ela vive num reino né, na idade média, um reino de muito longe, e quando ela está muito exausta ela toma sopa com leite e pão, e quando tá triste, ou tá feliz, toma vinho ou cerveja na taverna, numa caneca de madeira).
e mesmo criando milhões de tipos de penas, de todas as formas, preços e vontades, a que ele realmente gosta é uma bem vagabunda, de um cabo de madeira que fica no fundo da gaveta e ninguém nunca pega porque é muito velha, muito gasta, e é a que conta a história.
e é isso aí chega por hoje que a dor de cabeça só aumenta.
e ela/ele (tenho problemas com identidade de gênero) é um forjador de idéias alheias, é quem dá a forma de algo que vai dar a forma de toda ficção que existe no reino (pq é obvio que ela vive num reino né, na idade média, um reino de muito longe, e quando ela está muito exausta ela toma sopa com leite e pão, e quando tá triste, ou tá feliz, toma vinho ou cerveja na taverna, numa caneca de madeira).
e mesmo criando milhões de tipos de penas, de todas as formas, preços e vontades, a que ele realmente gosta é uma bem vagabunda, de um cabo de madeira que fica no fundo da gaveta e ninguém nunca pega porque é muito velha, muito gasta, e é a que conta a história.
e é isso aí chega por hoje que a dor de cabeça só aumenta.
quarta-feira, abril 15, 2009
muito tempo se passou desde que parecia que eu tinha tempo sobrando, e eu ficava com raiva de ter alguma noite desperdiçada pelo trabalho. agora o comum é trabalhar, e ter uma noite de folga na vida e outra na morte, e não ter tempo de fazer nada, não ter tempo de ler, nem de escrever nem de ver meu seriado preferido.
acho que gosto de trabalhar, mas me consome.
o problema de trabalhar é conhecer as pessoas muito de perto. desencanta. quero conseguir manter meu trabalho longe e separado dos meus hobbies: como viver se desencantando com um hobbie? não consigo.
ando me sentindo meio assim, em dúvida. sempre qdo acontece alguma coisa, ou eu brigo com alguém, eu fico na dúvida, se eu que errei, se eu fiz algo errado, se eu simplesmente sou cabeça dura. aí eu não sei. tendo a pensar que sempre eu que errei, mas esse é um fardo grande pra se carregar. aí tento ponderar. mas sempre é difícil.
eu gosto do silêncio e da quietude as vezes. gosto daquelas coisas que só eu entendo.
esse post na verdade é sintomático que eu estou sentindo falta de tempo pra mim, estou ciumenta dos outros, porque eu tenho tempo pra todos eles, menos pra mim. não vou viajar esse feriado. vou ficar em são paulo, vou fazer meus exercícios de edição, vou escrever e vou ler.
oi paula, você pode me dar atenção um pouco?
engraçado que em geral as pessoas acham que a gente tá estranho quando a gente tá introspectivo. eu acho que estranho é nunca estar introspectivo.
quaneo eu tinha 15 anos minha mãe disse que eu precisava fazer terapia porque eu era muito introspectiva. e eu era mesmo. mas não acho que isso seja caso de terapia. acho que isso é um pouco de saber lidar consigo mesmo. eu lembro que qdo eu estudava em campinas eu passava os dias passeando sozinha pelo campus, ficava nas bibliotecas de outras faculdades (física era muito chato), fazia amizades aleatórias, ia em festas sozinhas e tinha uma mania de nunca ficar junto das pessoas que eu conhecia nas festas, eu sempre saia andando sozinha. na hora do almoço tocava músicas legais na rádio livre e eu ficava deitada na praça ouvindo, e esse era um momento que eu me guardava. eu me guardava vários momentos. algumas aulas de cálculo que eu tirava para escrever. ler na biblioteca da letras. foi de lá que eu peguei alguns livros ótimos que eu nunca tinha lido. e lá não dava pra procurar os livros no computador, era por fichas de papel mesmo, no duro. era tipo um universo paralelo. e aí um dia eu tava matando tempo com um amigo meu e a gente viu uma mariposa saindo do casulo. mas não podia ajudar né, que senão ela morre, ela tem que sair do casulo no tempo dela mesma, ser forte o suficiente pra isso. e aí a gente ficou a tarde inteira vendo ela sair lentamente.
(porque as lembranças são sempre mais românticas na nossa cabeça? lembro que nessa época que eu estudava em campinas eu claramente considerava a pior época da minha vida, e hj em dia eu lembro como uma lembrança gostosa até).
bom, como hoje é meu único dia de folga, já que amanhã tenho reunião novamente, vou fazer o resto que eu quero fazer: ler, escrever, dormir.
acho que gosto de trabalhar, mas me consome.
o problema de trabalhar é conhecer as pessoas muito de perto. desencanta. quero conseguir manter meu trabalho longe e separado dos meus hobbies: como viver se desencantando com um hobbie? não consigo.
ando me sentindo meio assim, em dúvida. sempre qdo acontece alguma coisa, ou eu brigo com alguém, eu fico na dúvida, se eu que errei, se eu fiz algo errado, se eu simplesmente sou cabeça dura. aí eu não sei. tendo a pensar que sempre eu que errei, mas esse é um fardo grande pra se carregar. aí tento ponderar. mas sempre é difícil.
eu gosto do silêncio e da quietude as vezes. gosto daquelas coisas que só eu entendo.
esse post na verdade é sintomático que eu estou sentindo falta de tempo pra mim, estou ciumenta dos outros, porque eu tenho tempo pra todos eles, menos pra mim. não vou viajar esse feriado. vou ficar em são paulo, vou fazer meus exercícios de edição, vou escrever e vou ler.
oi paula, você pode me dar atenção um pouco?
engraçado que em geral as pessoas acham que a gente tá estranho quando a gente tá introspectivo. eu acho que estranho é nunca estar introspectivo.
quaneo eu tinha 15 anos minha mãe disse que eu precisava fazer terapia porque eu era muito introspectiva. e eu era mesmo. mas não acho que isso seja caso de terapia. acho que isso é um pouco de saber lidar consigo mesmo. eu lembro que qdo eu estudava em campinas eu passava os dias passeando sozinha pelo campus, ficava nas bibliotecas de outras faculdades (física era muito chato), fazia amizades aleatórias, ia em festas sozinhas e tinha uma mania de nunca ficar junto das pessoas que eu conhecia nas festas, eu sempre saia andando sozinha. na hora do almoço tocava músicas legais na rádio livre e eu ficava deitada na praça ouvindo, e esse era um momento que eu me guardava. eu me guardava vários momentos. algumas aulas de cálculo que eu tirava para escrever. ler na biblioteca da letras. foi de lá que eu peguei alguns livros ótimos que eu nunca tinha lido. e lá não dava pra procurar os livros no computador, era por fichas de papel mesmo, no duro. era tipo um universo paralelo. e aí um dia eu tava matando tempo com um amigo meu e a gente viu uma mariposa saindo do casulo. mas não podia ajudar né, que senão ela morre, ela tem que sair do casulo no tempo dela mesma, ser forte o suficiente pra isso. e aí a gente ficou a tarde inteira vendo ela sair lentamente.
(porque as lembranças são sempre mais românticas na nossa cabeça? lembro que nessa época que eu estudava em campinas eu claramente considerava a pior época da minha vida, e hj em dia eu lembro como uma lembrança gostosa até).
bom, como hoje é meu único dia de folga, já que amanhã tenho reunião novamente, vou fazer o resto que eu quero fazer: ler, escrever, dormir.
terça-feira, março 24, 2009
engordei uns 10 kilos. disse que ia parar de beber. não parei. mas diminui (ficar mais velho faz a gente aguentar menos). disse que ia parar de fumar. a daysee continua comigo. eu casei, sou uma mulher comprometida. trabalho num lugar em que todo mundo é meio doido (meio doido de verdade, não é força de expressão). cai ontem, de bebadíssima, e machuquei o cotovelo. minha mulher quer me matar, e com razão. hoje eu vou tomar café no boteco. faz dois dias que a gente não trepa gostoso. preciso tirar os pelos da axila, estão grandes. vou tomar banho e tirar esse cheiro de cachaça.
daqui a umas 2 semanas é meu aniversário. sinto que eu vou beber que nem uma porca.
daqui a umas 2 semanas é meu aniversário. sinto que eu vou beber que nem uma porca.
domingo, março 22, 2009
sábado, março 14, 2009
gente
tô vendo isso de restaurant week e tá me dando nos nervos.
PRIMEIRA COISA QUE ME IRRITA: lugar que a comida do almoço é a mesma da janta. ALMOÇO EH 25 CONTO E JANTAR EH 40, como que faz com a mesma comida? NAO SENHOR. A COMIDA DA JANTA TEM QUE SER MAIS CHIQUE.
segunda coisa: GEN-TE, QUE MISEEEEERIA que são esses pratos. vi aqui um de salmão com molho de não sei que lá, e o prato são dois salmãozinho assim, do tamanho daquela carne picada de panela que tem do boteco? então, pega duas carnes, finge que é salmão E PRONTO, ESSE EH O PRATO principal.
NAO GOSTO DESSA COISA DE NOVA COZINHA CONTEMPORANEA de não sei que lá. gente, qualidade NÃO é inimiga da quantidade. gosto de comer bem e BASTANTE.
terceira coisa: TODAS AS ENTRADAS SAO SALADA VERDE? OIEEEE, alface eu compro no supermercado! O MOLHO TEM QUE SER ASSIM, DEUS NO CEU E O MOLHO NA TERRA ENTÃO.
ai acabei de ver num aí, o prato principal é uma SOBRE COXA. ah vá. gente rica quer ser piadista. não sei por que comedimento é sinonimo de ser chique. gosto de antigamente, que as pessoas faziam enormes jantares regados a litros de vinho e bonito era ser mais gordinho.
VOU NO RODIZIO lavar a égua, isso sim.
tô vendo isso de restaurant week e tá me dando nos nervos.
PRIMEIRA COISA QUE ME IRRITA: lugar que a comida do almoço é a mesma da janta. ALMOÇO EH 25 CONTO E JANTAR EH 40, como que faz com a mesma comida? NAO SENHOR. A COMIDA DA JANTA TEM QUE SER MAIS CHIQUE.
segunda coisa: GEN-TE, QUE MISEEEEERIA que são esses pratos. vi aqui um de salmão com molho de não sei que lá, e o prato são dois salmãozinho assim, do tamanho daquela carne picada de panela que tem do boteco? então, pega duas carnes, finge que é salmão E PRONTO, ESSE EH O PRATO principal.
NAO GOSTO DESSA COISA DE NOVA COZINHA CONTEMPORANEA de não sei que lá. gente, qualidade NÃO é inimiga da quantidade. gosto de comer bem e BASTANTE.
terceira coisa: TODAS AS ENTRADAS SAO SALADA VERDE? OIEEEE, alface eu compro no supermercado! O MOLHO TEM QUE SER ASSIM, DEUS NO CEU E O MOLHO NA TERRA ENTÃO.
ai acabei de ver num aí, o prato principal é uma SOBRE COXA. ah vá. gente rica quer ser piadista. não sei por que comedimento é sinonimo de ser chique. gosto de antigamente, que as pessoas faziam enormes jantares regados a litros de vinho e bonito era ser mais gordinho.
VOU NO RODIZIO lavar a égua, isso sim.
sexta-feira, março 13, 2009
[oie blog]
[segundo post apaixonado]
tem um bicho peludo nessa casa, que assim, eu faria muitas coisas por ele. é minha companheirinha, sempre disse isso. quando eu ficava triste e chorava sozinha assim, ela deitava comigo. só, simplesmente. e qdo eu fico feliz, ela deita comigo. só simplesmente. mas dorme mais sossegada. sério. gatos sonham. e tem sono conturbado também.
perdi um pouco o hábito de fazer diário. preciso de um caderno decente. e de uma caneta decente.
hj eu tava na rua e pensei numa pessoa que saia de casa pra comprar cigarros e nunca mais voltava. do tipo, uma pessoa tipo qualquer um, tomava banho, saia de casa e não voltava. ficava na rua até tarde. dormia na rua. acordava. tomava café. perambulava. gastava o dinheiro que tinha com as refeições, até acabar. aí desencanava das refeições, ficava só rodando. sem tomar banho. sem querer voltar também (porque voltar era super uma opção válida). rodava, rodava, rodava. sei lá, só um pensamento engraçado no transito no centro.
hoje pensei que eu estava com problemas de adulto demais. ser adulto é um porre, e eu tô me tornando um deles gente. era o que eu temia (ou esperava?). me avisem se eu ficar chata demais, por favor.
(isso tudo é medo, já digo. estou me calçando pq temo o pior. mas cara, se ficar melhor, piora. não tem mais pra onde ir de melhor. e aí, eu, paula, quase 26 anos de idade, confesso, mais uma declaração de amor, a que é mais dificil, confesso, tenho um problema em demonstrar sentimentos e vulnerabilidades: eu estou completamente apaixonada. e estar vivendo com ela tem sido assim, uma das várias melhores coisas que tem me acontecido. e olha que, são 1 e pouco, eu estou semi bêbada, e ela me ignorou que eu tentei puxar papo com ela na cama)
[segundo post apaixonado]
tem um bicho peludo nessa casa, que assim, eu faria muitas coisas por ele. é minha companheirinha, sempre disse isso. quando eu ficava triste e chorava sozinha assim, ela deitava comigo. só, simplesmente. e qdo eu fico feliz, ela deita comigo. só simplesmente. mas dorme mais sossegada. sério. gatos sonham. e tem sono conturbado também.
perdi um pouco o hábito de fazer diário. preciso de um caderno decente. e de uma caneta decente.
hj eu tava na rua e pensei numa pessoa que saia de casa pra comprar cigarros e nunca mais voltava. do tipo, uma pessoa tipo qualquer um, tomava banho, saia de casa e não voltava. ficava na rua até tarde. dormia na rua. acordava. tomava café. perambulava. gastava o dinheiro que tinha com as refeições, até acabar. aí desencanava das refeições, ficava só rodando. sem tomar banho. sem querer voltar também (porque voltar era super uma opção válida). rodava, rodava, rodava. sei lá, só um pensamento engraçado no transito no centro.
hoje pensei que eu estava com problemas de adulto demais. ser adulto é um porre, e eu tô me tornando um deles gente. era o que eu temia (ou esperava?). me avisem se eu ficar chata demais, por favor.
(isso tudo é medo, já digo. estou me calçando pq temo o pior. mas cara, se ficar melhor, piora. não tem mais pra onde ir de melhor. e aí, eu, paula, quase 26 anos de idade, confesso, mais uma declaração de amor, a que é mais dificil, confesso, tenho um problema em demonstrar sentimentos e vulnerabilidades: eu estou completamente apaixonada. e estar vivendo com ela tem sido assim, uma das várias melhores coisas que tem me acontecido. e olha que, são 1 e pouco, eu estou semi bêbada, e ela me ignorou que eu tentei puxar papo com ela na cama)
domingo, março 08, 2009
terça-feira, fevereiro 24, 2009
[fazia tempo que eu não ouvia um cd tão bonito como o central reservations da beth orthon]
beth orthon me lembra paula cole. aí acabei de abrir a página da paula cole no all music e vi no similar artists: heather nova, sarah maclachlan, jewel, sheryl crow, tori amos, fiona apple, lisa loeb.
aí eu abri a discografia, e vi i don't wanna wait, e lembrei de dawson's creek, e lembrei de quando eu morava em pindagoiabada que eu achava as tardes entediantes pq só passava seriado ruim tipo PARTY OF FIVE
e aí uma vez começou a passar dawson's creek de sábado na globo. eu tinha um namoradinho que morava em outra cidade (tinha se mudado pra fazer faculdade), e aí chegava fim de semana, ele vinha pra pinda e eu ficava em função dele, porque teoricamente eram os únicos dias que eu tinha pra ve-lo, mas eu queria fazer outras coisas, as minhas coisas.
no dia que eu terminei com ele eu voltei a ter os fins de semanas para mim, e poder ver dawson's creek de sábado foi tipo, SINONIMO DE LIBERDADE, tipo a minha vida é minha e eu posso fazer o que eu quiser.
DESCULPA, EU ADORO OS ANOS 90. E VOU OUVIR LISA LOEB depois da beth orton. E EU VOU OUVIR A MUSICA DO DAWSONS CREEK SUPER FELIZ.
vou baixar paula cole, aquela HEEEEEEEEEEEEEEEEY I GOT A PIECE O MY HEEEEEEEEAAAAAART ON THE SOLE OF YOU SHOOOOOOOOOOOOES que é tipo, toda minha adolecescencia. vou ouvir o tidal da fiona, o sheryl crow da sheryl E DORMIR MELANCOLICA.
beijos-vida-real, vou lembrar de quando eu era adolescente.
ps: karen cunha levantou a possibilidade de uma festa anos 90, quase chorei gente...
ps2: lisa loeb, me desculpe tudo que eu falei mal de seus óculos de gatinho, hoje em dia eu uso um igual.
beth orthon me lembra paula cole. aí acabei de abrir a página da paula cole no all music e vi no similar artists: heather nova, sarah maclachlan, jewel, sheryl crow, tori amos, fiona apple, lisa loeb.
aí eu abri a discografia, e vi i don't wanna wait, e lembrei de dawson's creek, e lembrei de quando eu morava em pindagoiabada que eu achava as tardes entediantes pq só passava seriado ruim tipo PARTY OF FIVE
e aí uma vez começou a passar dawson's creek de sábado na globo. eu tinha um namoradinho que morava em outra cidade (tinha se mudado pra fazer faculdade), e aí chegava fim de semana, ele vinha pra pinda e eu ficava em função dele, porque teoricamente eram os únicos dias que eu tinha pra ve-lo, mas eu queria fazer outras coisas, as minhas coisas.
no dia que eu terminei com ele eu voltei a ter os fins de semanas para mim, e poder ver dawson's creek de sábado foi tipo, SINONIMO DE LIBERDADE, tipo a minha vida é minha e eu posso fazer o que eu quiser.
DESCULPA, EU ADORO OS ANOS 90. E VOU OUVIR LISA LOEB depois da beth orton. E EU VOU OUVIR A MUSICA DO DAWSONS CREEK SUPER FELIZ.
vou baixar paula cole, aquela HEEEEEEEEEEEEEEEEY I GOT A PIECE O MY HEEEEEEEEAAAAAART ON THE SOLE OF YOU SHOOOOOOOOOOOOES que é tipo, toda minha adolecescencia. vou ouvir o tidal da fiona, o sheryl crow da sheryl E DORMIR MELANCOLICA.
beijos-vida-real, vou lembrar de quando eu era adolescente.
ps: karen cunha levantou a possibilidade de uma festa anos 90, quase chorei gente...
ps2: lisa loeb, me desculpe tudo que eu falei mal de seus óculos de gatinho, hoje em dia eu uso um igual.
domingo, fevereiro 22, 2009
[conto erótico de carnaval]
o lusco-fusco do sábado de carnaval foi arrastado. vi o dia começar a escurecer querendo sair para beber, e qdo já era noite, estava transpirando febre e dipirona sódica pelo quarto fechado.
ao cair da noite meu estado de saúde foi deteriorando. o que havia começado com dois espirros já tinha virado enxaqueca, mal estar, dor no corpo queimando a 40º.
na janela do quarto ouvia de longe as marchinhas, e torcia para o bloco virar em alguma rua e não seguir em cortejo até o que seria meu túmulo no futuro, caso a febre não arredasse.
os caras da pensão bateram a porta do meu quarto, já com as garrafas de cachaça, prontos pra sair. ao abrir a porta, um bafo quente saiu do quarto e ninguém sequer se incomodou em insistir para que eu saisse de casa, fecharam a porta e foram embora, num silêncio respeitoso pelos moribundos.
estava suando toda a febre que tinha no meu corpo, então fiquei só de cuecas na frente da janela aberta, para ver se entrava um ar que amornaria meu corpo. não sei se estava ligando de não sair, não sei se estava ligando de ficar sozinho, não sei. por mais que todas a janela estivesse o mais aberta possível, cada particula de ar estava parada, e elas sequer encostavam no meu corpo. provavelmente elas desviavam quando eu passava a mão.
peguei o pano dentro da bacia de agua fria e comecei a passar pelo meu corpo, para refrescar. pinguei na minha nuca, e o pingo desceu as costas inteiras, como água na chapa quente. eram pingos frios, diferentes dos pingos meio pegajosos que brotavam da minha testa, estava muito calor, muito calor mesmo, e até as paredes do quarto transpiravam pingos pequenotes, pequenos pingos que ficavam na jarra de suco gelado no café da manhã fervente de domingo. as parede também transpirava sua febre no sábado de carnaval, aquela febre de cômodo fechado, febre moribunda de paredes antigas e rachadas, que já beberam muitos carnavais e sabem do que estão falando.
encharcado, deitei e fechei os olhos. o bloco não ia desviar, ia passar logo debaixo daquela janela, o bloco das pessoas suarentas, bêbadas, fedidas, loucas de lança, pinga, cerveja e de tudo que eu estaria também. deitei e me cobri, tiritando de frio.
aí ela abriu a porta e entrou, sem perguntar se podia. me olhou na cama, pegou a bacia, sentou na beirada da cama, torceu o pano e colocou na minha testa. pegou minha mão e beijou de leve as pontas dos dedos. pegou o pano e desceu, enxugando o pescoço, os ombros, meu peito. molhou de novo e deixou-o na testa, escorrendo pelas têmporas. fechei os olhos, só fiquei sentindo os pingos escorrerem. ela tirou o vestidido rosa já roto de tantos carnavais e, sem nada por baixo, deitou do meu lado, na cama apertada de solteiro. fiquei tenso. ouvia uma respiração ofegante, não sabia se era minha, se era dela, e o bloco já estava passando embaixo da minha janela e eu já conseguia sentir o cheiro de suor do povão quando ela de repente rolou pra cima de mim e aí não existia mais cheiro de povão nenhum, existia o cheiro do suor dela, aquele suor de quem trabalhou o dia inteiro, mas era cheiro de moça. os peitos dela encostando em mim, e eu, entre suas pernas abertas, e o bloco já embaixo da minha janela sufocando os meus gemidos. me senti com 15 anos de idade, sem saber o que fazer com aquilo que tinha ali, ela me beijando o pescoço e puxando minhas mãos de encontro aos seus peitos.
só me lembro de ter acordado sozinho, enrolado no lençol inteiro molhado de suor, no quarto cheirando a febre e dipirona sódica.
havia sido noite de carnaval.
o lusco-fusco do sábado de carnaval foi arrastado. vi o dia começar a escurecer querendo sair para beber, e qdo já era noite, estava transpirando febre e dipirona sódica pelo quarto fechado.
ao cair da noite meu estado de saúde foi deteriorando. o que havia começado com dois espirros já tinha virado enxaqueca, mal estar, dor no corpo queimando a 40º.
na janela do quarto ouvia de longe as marchinhas, e torcia para o bloco virar em alguma rua e não seguir em cortejo até o que seria meu túmulo no futuro, caso a febre não arredasse.
os caras da pensão bateram a porta do meu quarto, já com as garrafas de cachaça, prontos pra sair. ao abrir a porta, um bafo quente saiu do quarto e ninguém sequer se incomodou em insistir para que eu saisse de casa, fecharam a porta e foram embora, num silêncio respeitoso pelos moribundos.
estava suando toda a febre que tinha no meu corpo, então fiquei só de cuecas na frente da janela aberta, para ver se entrava um ar que amornaria meu corpo. não sei se estava ligando de não sair, não sei se estava ligando de ficar sozinho, não sei. por mais que todas a janela estivesse o mais aberta possível, cada particula de ar estava parada, e elas sequer encostavam no meu corpo. provavelmente elas desviavam quando eu passava a mão.
peguei o pano dentro da bacia de agua fria e comecei a passar pelo meu corpo, para refrescar. pinguei na minha nuca, e o pingo desceu as costas inteiras, como água na chapa quente. eram pingos frios, diferentes dos pingos meio pegajosos que brotavam da minha testa, estava muito calor, muito calor mesmo, e até as paredes do quarto transpiravam pingos pequenotes, pequenos pingos que ficavam na jarra de suco gelado no café da manhã fervente de domingo. as parede também transpirava sua febre no sábado de carnaval, aquela febre de cômodo fechado, febre moribunda de paredes antigas e rachadas, que já beberam muitos carnavais e sabem do que estão falando.
encharcado, deitei e fechei os olhos. o bloco não ia desviar, ia passar logo debaixo daquela janela, o bloco das pessoas suarentas, bêbadas, fedidas, loucas de lança, pinga, cerveja e de tudo que eu estaria também. deitei e me cobri, tiritando de frio.
aí ela abriu a porta e entrou, sem perguntar se podia. me olhou na cama, pegou a bacia, sentou na beirada da cama, torceu o pano e colocou na minha testa. pegou minha mão e beijou de leve as pontas dos dedos. pegou o pano e desceu, enxugando o pescoço, os ombros, meu peito. molhou de novo e deixou-o na testa, escorrendo pelas têmporas. fechei os olhos, só fiquei sentindo os pingos escorrerem. ela tirou o vestidido rosa já roto de tantos carnavais e, sem nada por baixo, deitou do meu lado, na cama apertada de solteiro. fiquei tenso. ouvia uma respiração ofegante, não sabia se era minha, se era dela, e o bloco já estava passando embaixo da minha janela e eu já conseguia sentir o cheiro de suor do povão quando ela de repente rolou pra cima de mim e aí não existia mais cheiro de povão nenhum, existia o cheiro do suor dela, aquele suor de quem trabalhou o dia inteiro, mas era cheiro de moça. os peitos dela encostando em mim, e eu, entre suas pernas abertas, e o bloco já embaixo da minha janela sufocando os meus gemidos. me senti com 15 anos de idade, sem saber o que fazer com aquilo que tinha ali, ela me beijando o pescoço e puxando minhas mãos de encontro aos seus peitos.
só me lembro de ter acordado sozinho, enrolado no lençol inteiro molhado de suor, no quarto cheirando a febre e dipirona sódica.
havia sido noite de carnaval.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
mano, nunca pensei que ia dizer "estou sem tempo" e isso fosse ser verdade mesmo.
pois é. estou sem tempo.
descobri que dormir cedo é ótimo e faz a gente acordar cedo também. e chegar no trabalho cedo, e sair cedo dele. essa não é uma sequencia maravilhosa de fatos?
beijos-já-passou-do-meu-horário-de-dormir
pois é. estou sem tempo.
descobri que dormir cedo é ótimo e faz a gente acordar cedo também. e chegar no trabalho cedo, e sair cedo dele. essa não é uma sequencia maravilhosa de fatos?
beijos-já-passou-do-meu-horário-de-dormir
sábado, fevereiro 14, 2009
[Arrange my books in order, make up some nice stories to amuse you. Make things look smart and easy, shape up the place
ou
porque hoje é sábado]
trocar a roupa de cama, esticar o edredon na cama, colocar o bicho de pelúcia bem no meio, junto com o gato.
guardar a roupa passada, arrumar as gavetas. trocar as toalhas de banho, colocar tudo pra lavar.
tomar banho, passar hidratante, creme, olhar no espelho e ver quem eu não via há alguns dias.
ficar sem fazer nada, pensar na vida. justificar meus erros, me dar ao direito de não acertar. dormir bastante, descansar. me dar ao trabalho de fazer comida.
afinar o violão, tocar uma música a toa, ouvir músicas que há muito não ouvia, e já até tinha esquecido que era boa. talvez pegar um livro. será que tem algum cd do cardigans no livro dos 1001 cds para se ouvir antes de morrer?
beijosmeencontremnobar
ou
porque hoje é sábado]
trocar a roupa de cama, esticar o edredon na cama, colocar o bicho de pelúcia bem no meio, junto com o gato.
guardar a roupa passada, arrumar as gavetas. trocar as toalhas de banho, colocar tudo pra lavar.
tomar banho, passar hidratante, creme, olhar no espelho e ver quem eu não via há alguns dias.
ficar sem fazer nada, pensar na vida. justificar meus erros, me dar ao direito de não acertar. dormir bastante, descansar. me dar ao trabalho de fazer comida.
afinar o violão, tocar uma música a toa, ouvir músicas que há muito não ouvia, e já até tinha esquecido que era boa. talvez pegar um livro. será que tem algum cd do cardigans no livro dos 1001 cds para se ouvir antes de morrer?
beijosmeencontremnobar
terça-feira, fevereiro 10, 2009
[parece que me deu vontade de escrever]
sobre... o que eu provsvelnt vou esquecer. me da uma angustia isso, querer anotar aquilo que daqui a pouco vai se desfazer e tudo que eu posso fazer é isso.
que extista, as coisas so estaão existindo agora.
menrira, parece que a verdade ============
(eu não vou me arrepender disso)
ok, dada a liberdade que eu nao vou usar o backspace/delete a partir de agora, o que sera escrito sera escrito. promessa feita . fato.
dai vem on branco absoluto. tchu ru ru ru ru,
é isso gente, isso se chama, para os mais intimos, a crise do papel em branco.
sobre... o que eu provsvelnt vou esquecer. me da uma angustia isso, querer anotar aquilo que daqui a pouco vai se desfazer e tudo que eu posso fazer é isso.
que extista, as coisas so estaão existindo agora.
menrira, parece que a verdade ============
(eu não vou me arrepender disso)
ok, dada a liberdade que eu nao vou usar o backspace/delete a partir de agora, o que sera escrito sera escrito. promessa feita . fato.
dai vem on branco absoluto. tchu ru ru ru ru,
é isso gente, isso se chama, para os mais intimos, a crise do papel em branco.
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
domingo, fevereiro 01, 2009
[alani no fausto - me emocionando com o arquivo confidencial da grazi - a massafera, não a minha]
O BRASIU CANTA E DANÇA DE PÉ COM ALANI MORISSETE.
é isso aí, tenho uma mão no meu bolso e a outra tocando o pianinho.
gente, pedi um aumento pro meu chefe e ele disse "não". simplesmente. não. HAHAHAH. odiei. =/
as dançarinas do faustão são ícones. conheci uma vez uma artista plástica que dizia que o sonho dela era ser dançarina do fausto. achei assim, algo digno de ser um sonho.
ps: antigamente esse blog era povoado de fotos da daysee. hoje em dia tem mais um felino que torna minha sofrida existencia algo delicioso de se viver (hahaha dramaqueeeen!)
ps2: aí né, estávamos dormindo, eu e grazi, e a daysee pulou no meio de nós, deitou e dormiu. falei né, a grazi virou a tia sapatão. olha que família linda: eu, a mãe desorientada, a aline, o pai problemático e a tia sapatão. sabe aquela tia, que nunca casou, e mora com uma amiga? então.
(sábado na pinacoteca, sem medo de ser feliz, vendo anni e josef albers)
O BRASIU CANTA E DANÇA DE PÉ COM ALANI MORISSETE.
é isso aí, tenho uma mão no meu bolso e a outra tocando o pianinho.
gente, pedi um aumento pro meu chefe e ele disse "não". simplesmente. não. HAHAHAH. odiei. =/
as dançarinas do faustão são ícones. conheci uma vez uma artista plástica que dizia que o sonho dela era ser dançarina do fausto. achei assim, algo digno de ser um sonho.
ps: antigamente esse blog era povoado de fotos da daysee. hoje em dia tem mais um felino que torna minha sofrida existencia algo delicioso de se viver (hahaha dramaqueeeen!)
ps2: aí né, estávamos dormindo, eu e grazi, e a daysee pulou no meio de nós, deitou e dormiu. falei né, a grazi virou a tia sapatão. olha que família linda: eu, a mãe desorientada, a aline, o pai problemático e a tia sapatão. sabe aquela tia, que nunca casou, e mora com uma amiga? então.
sexta-feira, janeiro 23, 2009
GEN-TE!
que uó! não tenho mais tempo de nada!! tô que nem gente grande que só trabalha, trabalha, trabalha, QUE HORROR! somebody got to save from salvation.
E GRAÇAS AO BOM DEUS, hoje é 6º feira e eu vou tomar aquela merecida cerveja. apesar de ser dia 23 e eu estar completamente dura devido ao fim do mês e ao não recebimento do salário. apesar de eu estar com muito muito trabalho pra fazer. apesar de meu salário não ter aumentado uma virgula, um nada, um zero (ai se tivesse aumentado um zero estaria contente e milionária hahaha).
um beijo pra minha mãe pro meu pai e pra grazi, que vai fazer falta na minha caminha hoje a noite... três vivas pro solzinho de fim de tarde maaaara que tá lá fora!
que uó! não tenho mais tempo de nada!! tô que nem gente grande que só trabalha, trabalha, trabalha, QUE HORROR! somebody got to save from salvation.
E GRAÇAS AO BOM DEUS, hoje é 6º feira e eu vou tomar aquela merecida cerveja. apesar de ser dia 23 e eu estar completamente dura devido ao fim do mês e ao não recebimento do salário. apesar de eu estar com muito muito trabalho pra fazer. apesar de meu salário não ter aumentado uma virgula, um nada, um zero (ai se tivesse aumentado um zero estaria contente e milionária hahaha).
um beijo pra minha mãe pro meu pai e pra grazi, que vai fazer falta na minha caminha hoje a noite... três vivas pro solzinho de fim de tarde maaaara que tá lá fora!
sábado, janeiro 10, 2009
[vários assuntos]
eu e a daysee ainda estranhamos a nova casa. parece que ainda não é minha. e ela tem dificuldades em reconhecer como dela também. ela tem medo das janelas. acho bonitinho. assim que chegamos levei ela pra ver todas as janelas, do meu colo. todas as vezes ela teve um ataque, ao ver a altura. aí levei ela de novo agora, ela reagiu melhor, parecia que conhecia um pouco mais. mas ainda tinha medo. acho bonitinha que ela tá tentando lidar com o medo dela. queria ver ela dormindo no batente de fora da janela, mas acho que ele é pequeno pra isso. me deixa triste, ar fresco sempre faz bem.
eu ainda tô fazendo daqui minhas coisas. não é assim automático né, ainda mais que eu viajei. mas acho que aqui tem grande chance de ser um bom lar.
no fim das contas, as 4h21 da manhã, é sempre eu e ela. eu entendo ela, curiosa do mundo. também estaria no lugar dela. queria poder dar uma chave na mão dela. meus gatos de pinda são assim. eles vão, dão o maior rolê. aprontam. voltam prenhos. voltam machucados. mas sempre as 5h da manhã miavam na janela pra entrar. e eu sempre deixava. xingando, reclamando. mas deixava, e elas dormiam comigo (é, aquela coisa de mulher de malandro que gosta de sofrer mas não consegue superar). lá em casa a gente brigava pra quem ia dormir com um gato. até hoje, quando vamos pra pinda, minha mãe fala "e eu vou ficar sem nenhum gato???", pq eu levava um, o outro ia com meu irmão e já era. a gente se entende. é besta mas é verdade. um dia eu conto a dificil história da linhagem dos gatos phyllot rosemeire e lisa maria, que inclue mortes, tragédias, gatos de três patas e muitas outras coisas.
e esses são os gatos da minha vida.
queria lembrar alguma outra coisa... tentando puxa o fiozinho mas ele arrebentou, só lamento, vou deixa-lo na história.
beijos, hoje eu não vou comer de madrugada.
eu e a daysee ainda estranhamos a nova casa. parece que ainda não é minha. e ela tem dificuldades em reconhecer como dela também. ela tem medo das janelas. acho bonitinho. assim que chegamos levei ela pra ver todas as janelas, do meu colo. todas as vezes ela teve um ataque, ao ver a altura. aí levei ela de novo agora, ela reagiu melhor, parecia que conhecia um pouco mais. mas ainda tinha medo. acho bonitinha que ela tá tentando lidar com o medo dela. queria ver ela dormindo no batente de fora da janela, mas acho que ele é pequeno pra isso. me deixa triste, ar fresco sempre faz bem.
eu ainda tô fazendo daqui minhas coisas. não é assim automático né, ainda mais que eu viajei. mas acho que aqui tem grande chance de ser um bom lar.
no fim das contas, as 4h21 da manhã, é sempre eu e ela. eu entendo ela, curiosa do mundo. também estaria no lugar dela. queria poder dar uma chave na mão dela. meus gatos de pinda são assim. eles vão, dão o maior rolê. aprontam. voltam prenhos. voltam machucados. mas sempre as 5h da manhã miavam na janela pra entrar. e eu sempre deixava. xingando, reclamando. mas deixava, e elas dormiam comigo (é, aquela coisa de mulher de malandro que gosta de sofrer mas não consegue superar). lá em casa a gente brigava pra quem ia dormir com um gato. até hoje, quando vamos pra pinda, minha mãe fala "e eu vou ficar sem nenhum gato???", pq eu levava um, o outro ia com meu irmão e já era. a gente se entende. é besta mas é verdade. um dia eu conto a dificil história da linhagem dos gatos phyllot rosemeire e lisa maria, que inclue mortes, tragédias, gatos de três patas e muitas outras coisas.
e esses são os gatos da minha vida.
queria lembrar alguma outra coisa... tentando puxa o fiozinho mas ele arrebentou, só lamento, vou deixa-lo na história.
beijos, hoje eu não vou comer de madrugada.
sexta-feira, janeiro 09, 2009
http://guia.folha.com.br/noite/ult10049u484248.shtml
MINHA VIRGEM SANTA MARIA MADALENA.
a bubu lançou uma marca de roupas. SIM UMA MARCA DE ROUPA, BUBU WEAR.
pra começar que BUBU é o pior nome já inventado na história do mundo. BUBU MANO? como assim, "eu vou pra bubu"? é a cara da balada mesmo: UÓ. é aquela balada meio sem personalidade, que junta as pessoas por um único fator em comum: o fato delas serem gays. é a mesma coisa que fazer uma balada voltada para o público que come feijão. vai dar todo tipo de gente no mundo, e assim, pessoalmente eu tô de boa de conhecer gente que a principal afinidade comigo é o fato de ser gay. que nem aquelas bichas "oi, meu nome é fulano, e eu sou gay". prefiro tipo "oi, meu nome é paula, e eu sou produtora" ou "oi, meu nome é paula e eu não tenho noção"
agora roupa?
- hmm quem te veste, hein gato?
- a BUBU WEAR.
bom, piada pronta né.
beijosnãoaguenteinãogongarabubuassimgratuitamente.
MINHA VIRGEM SANTA MARIA MADALENA.
a bubu lançou uma marca de roupas. SIM UMA MARCA DE ROUPA, BUBU WEAR.
pra começar que BUBU é o pior nome já inventado na história do mundo. BUBU MANO? como assim, "eu vou pra bubu"? é a cara da balada mesmo: UÓ. é aquela balada meio sem personalidade, que junta as pessoas por um único fator em comum: o fato delas serem gays. é a mesma coisa que fazer uma balada voltada para o público que come feijão. vai dar todo tipo de gente no mundo, e assim, pessoalmente eu tô de boa de conhecer gente que a principal afinidade comigo é o fato de ser gay. que nem aquelas bichas "oi, meu nome é fulano, e eu sou gay". prefiro tipo "oi, meu nome é paula, e eu sou produtora" ou "oi, meu nome é paula e eu não tenho noção"
agora roupa?
- hmm quem te veste, hein gato?
- a BUBU WEAR.
bom, piada pronta né.
beijosnãoaguenteinãogongarabubuassimgratuitamente.
terça-feira, janeiro 06, 2009
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