sexta-feira, novembro 16, 2007

[eu não sabia que new order era bom, 01-11-2007]

era uma vez eu, bipolar como sempre. oscilando entre esperança, alegria, tristeza, resignação, mas todos com um fundo de dor. todos em cima desse sentimento de fundo. as vezes tenho a impressão que eu estou andando com uma ferida aberta, e eu tenho que continuar fazendo as mesmas coisas de sempre, mas a dor e o incomodo estão ali, constantes, a poeira grudando, o suor passando, tudo constante, idependente do humor, da situação.

a conjuntura dessa cidade de são paulo anda desestabilizada. o sol de rachar e o ar parado apodrecendo de tão calor dividem espaço com os ventos poeirentos e os pingos pesados de chuva que vencem até os guardas-chuvas. o tempo está desequilibrado, as pessoas estão desiquilibradas, as coisas estão fora do lugar e não estão se encaixando, tudo falta aparar as pontar, tudo falta se assentar. o sentimento, a libído estão à flor da pele, e quase sempre eu penso que só me resta deitar no chão da sala e agradecer por estar bêbada que nem uma porca as 6 horas da manhã, sentindo tanto sentimento que eu não consigo nem me mexer, nem explicar (mania de sempre querer explicar tudo pra alguém, as vezes simplesmente as coisas são PARA A GENTE, apenas para a gente...). que deus abençoe agora a todos, que eu tenha uma ótima noite de sono, que eu descanse porque amanhã começa tudo de novo, e as vezes simplesmente eu fico cansada de tanto mundo...

alguém tinha que fazer os mojitos.
e outro alguém tinha que provar.



Depois de várias cervejas e mojitos, o rafael finalmente conseguiu conquistar a gata (qual das? hahaha) e até ganhou um beijinho de fim de noite, quando estava deixando-a em sua casa (gato de família chega cedo em casa).
[luis fernando veríssimo]

"merda", disse a madre superiora.

(tem frases que são ótimas, não precisam ter continuação)

quinta-feira, novembro 15, 2007


a vida não poderia ser melhor, e eu acredito nisso.

(faltaram vááárias pessoas nessa foto)

[reflexão sobre a vida, o amor e michel gondry]

O problema não é a falta de amor. O problema é o desentendimento. É as vezes parecer que duas pessoas falam línguas distintas (de propósito ainda!), sendo que um dia falaram o mesmo diáleto que nunca ninguém entendeu, só elas mesmo. Aí começam a falar sem ouvir, ouvir sem falar e não fazem mais disso um fluxo associativo de idéias que fazem sentido. Aí vão se distanciando, indo cada vez mais longe, porque chega uma hora que parece que a gente faz questão de falar B, se a pessoa fala A, e falar A, se a pessoa fala B. E isso é o que mais dói, porque o amor não acaba. As pessoas se odeiam, se estapeiam, mas o amor não acaba. Talvez diminui, mas não acaba. Dói demais ver que você não consegue nem se entender com a pessoa que você ama, então como fazer com o resto da humanidade? Eu me tranco em casa. Será que nós fomos feitos para ser sozinhos, e automaticamente respondemos com agressão quando uma pessoa se aproxima demais, se adentra demais dentro do território desconhecido que é o coração? Tipo auto-defesa, tipo terminar primeiro para não sofrer depois, e mil outra coisas.

[fim da reflexão, volta ao TCC]

[não ando literária, ando objetiva e jornalistica. pensar demais]