sábado, maio 03, 2008

por muito tempo fiquei pensando, fiquei esperando, tendo a certeza que chegaria o dia que iriamos ficar juntos. mais cedo ou mais tarde. sabia que iria demorar, por que a gente tem tanto a aprender. e quanto mais tempo passava, mais eu me dava conta de que tinha tanta coisa ainda pra aprender. e fui aprendendo. aprendendo a apreciar as pequenas coisinhas da minha vida, do dia a dia. construindo a minha paz, a minha felicidade, assim, aos pouquinhos, um pé atrás do outro. e assim sabia, que este era o caminho certo, do meu equilibrio. e pensava que, se você também achasse o seu equilibrio , assim conseguiriamos construir o nosso.

um dia alguém me falou "nossa, você não sabe como eu fico feliz de ver você feliz assim", e eu percebi que essa mistura de calma, tranquilidade e gargalhadas infinitas se chama felicidade na verdade. percebi então que estava bom assim, sozinha. que talvez nós já tivessemos nos feito tão mal, mas tão mal, que não seria mais tão fácil esquecer, como pode ter sido das outras vezes. talvez a gente já tivesse errado, e o erro talvez não tivesse mais volta, porque as vezes nesse caminho algo se quebra, e não volta mais. porque tem certas coisas que não mudam, que são de essencia. e que, apesar de eu gostar muito de você, eu sei finalmente que nosso momento passou. que poderia ter sido, mas não foi. por causa dos nossos erros. mas quer saber, minha intenção não é dizer que isso é ruim, pelo contrário. isso me vem junto com um sentimento gostoso de dia friozinho com aquele sol sem vergonha que não esquenta ninguém. uma sabedoria de entender as coisas, ter consciencia delas e não se sentir mal pelo que passou, pelo contrário, se sentir bem por finalmente perceber os erros, e poder assim não repeti-los no futuro.

esse destino será um dos galhinhos secos que representam o que poderia ter sido e não foi na minha vida. apesar de não ter sido, ainda existirá, mesmo que como um galhinho seco.

segunda-feira, abril 28, 2008

[i like the freaks who have no place because i make them a place in my arms]

descontruir para depois construir de novo.

não sei mais quem eu sou porque tenho sido cada vez mais uma pessoa limpa e plana, para depois me rabiscar e aprofundar de novo, talvez de outro jeito, para experimentar. tenho ainda muito tempo.

domingo tive talvez o pior pesadelo da vida, acordei ensopada de suor. então achei que merecia "uma prenda" por ter sofrido, fui na fnac e comprei dois livros. rá rá rá. cada um com seus problemas (e suas dívidas)

aí a noite tomei uma cachaça e comecei a ler "se um viajante numa noite de inverno".

(plot point - neste momento as coisas tomam um rumo diferente)

agora, depois de ter começado a ler esse livro, não sei mais como vivi tanto tempo sem, e com certeza não teria vivido se soubesse. o que antes não existia agora se tornou condição sinequanon de existencia da minha pessoa da raça humana.