is that all there is ? if that´s all there is my friend then let´s keep dancing...
sábado, dezembro 29, 2007
quarta-feira, dezembro 26, 2007
estou sentindo o ventinho fresco da liberdade. e hj tá maior calor hein.
as vezes fico na dúvida se eu quero PEGAR o Hank Moody (do californication, o mulder) ou se eu QUERO SER QUE NEM ele. o quão bizarro é isso hein? hahaha
mas o mulder faz parte dos meus sonhos desde o arquivo x... ele e o billie joe, do green day (segredos adolescentes hihihi).
sexta-feira, dezembro 21, 2007
será que a vida é feita de vazios, e só assim a gente corre atrás de preenche-los? a gente tem muitas indagações, tem uma hora que cansa, cansa ficar se perguntando todos os dias "é isso que eu quero? é isso que eu gosto?". duro é quando o vazio se torna insuportável e eu não sei mais o que fazer com ele. estou terminando a faculdade e pela primeira vez estou me perguntando se é isso mesmo que eu quero fazer. antes trabalhar tinha virado maquinal, eu trabalhava pra me sustentar, pra pagar meu aluguel e eu tinha tudo que eu queria, uma casa, uma família (que eu achava q tinha, mas talvez estivesse enganada). mas agora isso não faz mais tanto sentido, a estabilidade em troca de fazer algo não tão desejado. é duro à essa altura da vida se fazer esse tipo de pergunta, e outra ainda pior, que vem logo após: "se não é isso que eu quero, o que que eu quero?". não sei. tinha acostumada a sofrer, só pra ficar estabilizada, e nem percebia. agora tudo está completamente desestabilizado, e quando eu estou trabalhando, eu só tenho vontade de ir pra casa e não pensar em mais nada disso. eu não quero pensar nas questões que o trabalho me levanta. acho que isso é um bom sinal que as coisas não estão indo bem. tenho me infantilizado, e querido simplesmente correr para os braços de mamãe, desistir dessa vida de me sustentar em são paulo e voltar pro rj, ter tempo para parar e pensar. porque parece que as coisas acontecem rápido demais, e não dá tempo de se indagar. e se eu ficar me indagando muito tempo, temo trocar o certo pelo incerto e a merda ficar maior ainda.
quarta-feira, dezembro 19, 2007
sashimi. festa da firma. comer bastante no natal. across the universe. a música do the shins new slang. noite calorenta. dormir bastante. mudar de emprego. uma história sobre calmaria, que tenha alguém andando sozinho no meio fio. camisetas que tem o comprimento perfeito e cobrem exatamente o pedaço certo da calça jeans. calça jeans que tem o caimento perfeito. rabanada. a próxima sessão da terapia. uma história que tenha alguém num ônibus vazio, também sobre coração calmo. um roteiro que tenha confusão de sonho e realidade e envolva personagens um pouco doidos de verdade. roupas velhas, sempre roupas velhas, tem mais personalidade. the shins de novo. poder desligar do mundo o maior tempo possível. dormir.
segunda-feira, dezembro 17, 2007
sim, são 10h30 da manhã e eu ainda estou bêbada. me boicoto? claro que sim. vai lá saber porque a gente se boicota. complexo demais pra entender.
a minha vontade maior do mundo agora é arrumar um emprego que envolva escrever. mas é uma vontade tão grande que eu nem sei o que fazer com ela.
é só isso. por enquanto.
sábado, dezembro 15, 2007
mundo, pára de foder a gente, por favor. a gente, gente simples, gente direita, que só está querendo ser feliz nessa vida. a gente, que ouve o que não deveria ouvir, que é assaltado no ônibus, que descobre quais são as escolhas certas só pra ter a certeza de escolher a mais errada, que sofre por amor, sofre por ódio, sofre por decepção, enfim, que sofre. PORQUE AGORA EU VOU ME DAR AO DIREITO DE SOFRER, e foda-se quem vier dizer que "você não sabe o que é desgraça de verdade".
que venha 2008, porque 2007 foi uma grande merda. e se alguém disser que "serviu pra gente aprender", eu dou um soco na cara.
ai, ufa. tão bom desabafar.
[um ode a minha gatinha, que agora tá um gatão, gordo e bonito]
ei pomps, i've rescued you, we're gonna be friends forever, we will do things in the rain and we'll never never be alone again...
Chanson Des Chats
(música no post abaixo, no video do you tube)
If you rescue me,
I'll be your friend forever,
Let me in your bed,
I'll keep you warm in winter,
All the kiddies are playing
and they're having such fun,
I wish that could happen to me,
But if you rescue me,
I'll never have to be alone again.
Oh the cars drive so fast
and the people are mean,
and sometimes it's hard to find food,
let me into your room,
I'll keep you warm and amused,
all the things we can do in the rain
If you rescue me,
I'll be your friend forever,
Let me in your bed,
I'll keep you warm in winter,
Oh someday I know
someone will look into my eyes
and say, "Hello, you're my very special kitten,"
So if you rescue me,
I'll never have to be alone again
quinta-feira, dezembro 13, 2007
queria saber o que fazer com isso que tenho nas mãos, queria saber quais são meus sonhos agora, saber pra onde ir, onde apostar minhas fichas. tenho deixado a vida me levar, e tenho levado a vida pra onde eu acho que quero ir. por enquanto a minha única certeza é dormir de noite e saber que vou acordar de madrugada com o gato miando na porta. hahahaha
terça-feira, dezembro 11, 2007
sexta-feira, dezembro 07, 2007
"De todo el portugués que he escuchado desde que he tenido el privilegio de conocerte, esta es la frase mas linda y poética que he escuchado."
as vezes a gente esquece realmente como as frases mais banais são tão bonitas... estive pensando como a nossa lingua é bonita, tem tantas frases tão singelas... parece que quanto mais simples fica mais bonito, aquele português corriqueiro, do dia a dia, as simples constatações de momento, quando as pessoas não pensam em querer nada demais, não pensam em fazer uma frase trabalhada... essas são as melhores. por palavra atrás de palavra, pensar uma palavra após a outra, pensar o que isso diz, a sonoridade, o que se lê daí é uma das coisas mais bonitas e sensíveis que tem. é só ler guimarães rosa que a gente entende, com o coração. é fazer cada palavra dizer mais que aquilo que está no dicionário, dar um significado maior que se agrega as outras palavras e forma um universo de coisas e sentimentos que pode-se ler e sentir atrás de uma frase despretenciosa.
"agora que o coração acalmou..." => essa é outra frase linda
estou encantada com a simplicidade das coisas.
terça-feira, dezembro 04, 2007
sábado, dezembro 01, 2007
é a augusta de madrugada cheia de gente, é a balada, o dia, as cervejas infinitas, o conhaque vagabundo no bar da esquina. é se dar ao luxo de tomar um gim fizz, sentar e ver as pessoas indo e vindo e dançando. up down turn around, please don't let me hit the ground, people in this world, we have no place to go. please don't let me hit the ground. eu sei que você não vai deixar, que você vai me abraçar no momento certo, quando a gente sentar e pensar "we have no place to go". mesmo quando tudo estiver uma merda, ainda vou ter o seu colo pra deitar, a sua voz pra me dizer que vai ficar tudo bem, mesmo você sofrendo tanto quanto eu, mesmo a gente tão confuso e perdido sem saber o que fazer, mesmo assim a gente vai levantar e vai dançar. mesmo tão bêbado a gente vai levantar pra dançar aquela ultima música como se fosse a primeira vez.
(lucas, isso é um "obrigada pela sua companhia ontem")
sexta-feira, novembro 30, 2007
Era domingo de manhã bem cedo, o sol já ia alto naquele dezembro conturbado, daquele ano que parecia que nunca terminava, e que também quando terminasse, ia começar o que? Esperavam em silêncio o ônibus. Não tinha ninguém na rua, as pessoas já estavam em casa, viradas da balada, emendadas do sábado que só termina quando se dorme.
Tuca pensou em dizer alguma coisa. Pensou em frivolidades. Em comida, em sonhos. Mexia os pés, olhava os tenis velhos e sem querer se perdeu nos pensamentos, no ponto de ônibus vazio, na cabeça vazia, no coração apertado. Deitou a cabeça no ombro de Helena e fechou os olhos.
Helena estremeceu. Tinha vindo caminhando desde sua casa pensando que tinha que ser forte. Repetiu isso pra si mesma três vezes, e três vezes teve a certeza que seria, mas agora estremecia, e toda a certeza que teve que seria forte se desmanchava em saudades. Ser forte não fazia mais sentido, era só aquilo, era só um dia de sol, era só o ônibus que teimava em não
passar, era só o tempo que teimava em não curar as mágoas e atenuar as saudades das pessoas que um dia já se deram tão bem como café com leite, e já se magoaram tanto quanto o tanto amor que já havia passado por ali.
Veio o ônibus, preguiçoso pela Rebouças vazia, deslisando no asfalto que tremia sob o sol, sem pressa de chegar. Quando Tuca se levantou, Helena inconscientemente achou uma pena aquele momento acabar e já sentiu falta daquela cabeça no seu ombro.
Chegaram no parque. Ouviam ao fundo a cantora cantar, as crianças correrem, as pessoas conversarem, e sem combinar continuaram andando, andando, até as vozes de fundo desaparecerem, os cachorros sumirem, as crianças ficarem para trás e só sobrar a grama verde silênciosa, cheirando a domingo de manhã.
Helena parou e deitou. Tuca parou também deitou, oposta a Helena, só as cabeças se encostando. Tete-a-tete, rosto-a-rosto. Respirando o mesmo ar.
- Helena. E se o tempo passasse? E se a gente fechasse os olhos e anos se passassem, sem que a gente percebesse?
- ....seria ótimo.
As duas fecharam os olhos e esperaram o tempo passar, indolor, inofensivo, como deveria ser.
quinta-feira, novembro 29, 2007
mesmo estando confusa, estou feliz
mesmo ganhando pouco, tenho tudo que quero
mesmo sendo chato trabalhar, é legal trabalhar
mesmo o tempo passando rápido, os dias escorrem lentamente
mesmo me arrependendo de muita coisa, sei ainda dá tempo de aprender
acho que isso é fim de ano. fico melancólica. mas não aquela melancolia triste, depressiva. aquela melancolia de pai sabe, que senta no banquinho no bar da própria casa, põe aquela música do Belchior "eu sou apenas um rapaz, latino americano e sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior" e fica vagarosamente sorvendo um copo de whiskie sem gelo, ficando bêbado aos poucos e pensando em todas essas coisinhas que constroem a nossa vida.
segunda-feira, novembro 26, 2007
[é a troca e a tarefa. eu dou uma história, mas tirem isso de dentro de mim]
É os dois. Doloroso e inofensivo. Quase como acordar.
Quando me deram essa resposta, eu já nem me lembrava mais qual era a pergunta. Por alguns minutos me perdi na cegueira de olhar o sol a pino do almoço que queimava kilometros de campo aberto onde eu estava deitada. Me deixei esquecer, com o sol que expirava devagar no meu corpo todo, abrindo cada poro de suor para transpirar tudo de errado que havia dentro de mim. Apertei os olhos com os punhos fechados e vi estrelas, vi cometas, vi luzes que se acendiam e apagavam. Esfreguei devagar. Raios. Abri os olhos e fiquei, até acostumar com a claridade de novo. Rolei com o corpo devagar, aproveitei e cheirei a grama, cheirei a terra, mordi um pedaço e mastiguei, senti cada grão passando e descendo por cada órgão vivo do meu corpo, até parar no coração, onde tinha uma enorme horta com todos os legumes do mundo plantados, tinha até minhoca escavando a terra fofa, dava até gosto de por a mão. Tinha cenourinhas, tomatinhos, alfacinhas. Era calor, elas precisam de água. Rolei mais um pouco, até o rio, e bebi água, deitada na beirada. Era a água mais fresca do mundo, aquele era o sol mais quente do verão, e eu resolvi entrar de corpo inteiro. Tinha peixes coloridos, tinha algas verdinhas balançando ao sabor do vento aquático que soprava gostoso, que refrescava todas as criaturas, inclusive eu. Vi anêmonas, caranguejos, vi polvos que passavam por mim e me abraçaram, me acariciavam, me beijavam a testa e me diziam: Paula, Paula, você é só uma menina, Paula. A menina dos olhos castanhos calados e dos pulsos finos. Fechei os olhos, deitei na língua da baleia e dormi.
domingo, novembro 25, 2007
quinta-feira, novembro 22, 2007
meus medos
* envelhecer sem ser do lado de um grande amor
* ficar louca e não perceber, os outros só perceberem
* virar uma pessoa ranzinza, crítica e mau-humorada, com medo de ser feliz
* morrer jovem
* assalto
* gente louca
medos da pomps, a gata
* estar na cama enquanto eu estou estendendo os lençois. ela odeia, ODEIA ficar debaixo do lençol.
* ficar trancada pra fora do quarto no meio da madrugada
* mudanças e arrastação de móveis.
* bichinhos voando pela casa.
* a rua.
* qualquer bicho maior que ela (nem que seja de pelúcia)
sexta-feira, novembro 16, 2007
era uma vez eu, bipolar como sempre. oscilando entre esperança, alegria, tristeza, resignação, mas todos com um fundo de dor. todos em cima desse sentimento de fundo. as vezes tenho a impressão que eu estou andando com uma ferida aberta, e eu tenho que continuar fazendo as mesmas coisas de sempre, mas a dor e o incomodo estão ali, constantes, a poeira grudando, o suor passando, tudo constante, idependente do humor, da situação.
a conjuntura dessa cidade de são paulo anda desestabilizada. o sol de rachar e o ar parado apodrecendo de tão calor dividem espaço com os ventos poeirentos e os pingos pesados de chuva que vencem até os guardas-chuvas. o tempo está desequilibrado, as pessoas estão desiquilibradas, as coisas estão fora do lugar e não estão se encaixando, tudo falta aparar as pontar, tudo falta se assentar. o sentimento, a libído estão à flor da pele, e quase sempre eu penso que só me resta deitar no chão da sala e agradecer por estar bêbada que nem uma porca as 6 horas da manhã, sentindo tanto sentimento que eu não consigo nem me mexer, nem explicar (mania de sempre querer explicar tudo pra alguém, as vezes simplesmente as coisas são PARA A GENTE, apenas para a gente...). que deus abençoe agora a todos, que eu tenha uma ótima noite de sono, que eu descanse porque amanhã começa tudo de novo, e as vezes simplesmente eu fico cansada de tanto mundo...
quinta-feira, novembro 15, 2007
O problema não é a falta de amor. O problema é o desentendimento. É as vezes parecer que duas pessoas falam línguas distintas (de propósito ainda!), sendo que um dia falaram o mesmo diáleto que nunca ninguém entendeu, só elas mesmo. Aí começam a falar sem ouvir, ouvir sem falar e não fazem mais disso um fluxo associativo de idéias que fazem sentido. Aí vão se distanciando, indo cada vez mais longe, porque chega uma hora que parece que a gente faz questão de falar B, se a pessoa fala A, e falar A, se a pessoa fala B. E isso é o que mais dói, porque o amor não acaba. As pessoas se odeiam, se estapeiam, mas o amor não acaba. Talvez diminui, mas não acaba. Dói demais ver que você não consegue nem se entender com a pessoa que você ama, então como fazer com o resto da humanidade? Eu me tranco em casa. Será que nós fomos feitos para ser sozinhos, e automaticamente respondemos com agressão quando uma pessoa se aproxima demais, se adentra demais dentro do território desconhecido que é o coração? Tipo auto-defesa, tipo terminar primeiro para não sofrer depois, e mil outra coisas.
[fim da reflexão, volta ao TCC]
[não ando literária, ando objetiva e jornalistica. pensar demais]
domingo, julho 29, 2007
* os nomes foram trocados para preservar a privacidade dos interlocutores
SHIRLEY diz:
so coisa moderninha demais
GILDOCA diz:
ahh entendo
GILDOCA diz:
estou velha pra essas modernidades
GILDOCA diz:
o mundo é pós moderno demais pra minha cabeça
GILDOCA diz:
os relacionamentos estão estranhos, as pessoas estranhas, não gosto mais... gostava de como era antigamente
SHIRLEY diz:
sim! td simples
SHIRLEY diz:
todo mundo de camiseta, calça jeans e guitarra ou violao
GILDOCA diz:
é gente, nao tinha mt dificuldade
SHIRLEY diz:
ninguem de cabelinho ensebado e roupas estranhas
GILDOCA diz:
é fingindo ser interligente sem ser
SHIRLEY diz:
a fiona ate descalça ia no grammy!
SHIRLEY diz:
td tao simples! nem sapato precisava
SHIRLEY diz:
hj em dia td mundo chora e usa roupas bizarras
GILDOCA diz:
é gente
que horror
GILDOCA diz:
estou saudosa dos anos 90
GILDOCA diz:
tudo exagerado nunca vi
SHIRLEY diz:
eu tb!! nada foi ighual
GILDOCA diz:
essas musicas de hoje em dia é tudo barulho
GILDOCA diz:
quer por um monte de coisa na mesma musica
GILDOCA diz:
tipo teclado, duas guitarras, palma, um sintetizador, 2 baterias, efeito no vocal
SHIRLEY diz:
sim!!! QUANTO BARULHO
SHIRLEY diz:
atormenta
SHIRLEY diz:
nao sabem nem qual instrumento usar
SHIRLEY diz:
imagina o sexo entao
SHIRLEY diz:
alguns nao sabem nem o proprio sexo
GILDOCA diz:
tudo pra eles é motivo de confusão
domingo, junho 03, 2007
sexta-feira, junho 01, 2007
as vezes eu tenho orgulho de ser uma trabalhadora brasileira
as vezes não
antes eu reclamava que não fazia nada da vida e tinha tempo demais
hoje eu acho que tenho tempo de menos
merda de bipolaridade.
ana karerina não passa de novela disfarçada de livro de gente culturete.
onde se vende os vales transporte e alimentação?
por que porta que sai, moço?
pode lavar toalha azul com roupa branca ou mancha?
sábado, maio 12, 2007
tudo da tao certo que eu custo a me acostumar. sou da geração que vai (já está) constituir a nova família paulistana, que quer evitar os erros da geração anterior. que vai contestar tudo, mas no fundo no fundo só quer ter uma casinha, um emprego, filhos, cozinhar de fim de semana, matar a barata que entra no quarto, ir buscar o outro no trabalho, dormir cedo, comprar a prazo e etc etc etc.