[reflexão sobre a vida, o amor e michel gondry]
O problema não é a falta de amor. O problema é o desentendimento. É as vezes parecer que duas pessoas falam línguas distintas (de propósito ainda!), sendo que um dia falaram o mesmo diáleto que nunca ninguém entendeu, só elas mesmo. Aí começam a falar sem ouvir, ouvir sem falar e não fazem mais disso um fluxo associativo de idéias que fazem sentido. Aí vão se distanciando, indo cada vez mais longe, porque chega uma hora que parece que a gente faz questão de falar B, se a pessoa fala A, e falar A, se a pessoa fala B. E isso é o que mais dói, porque o amor não acaba. As pessoas se odeiam, se estapeiam, mas o amor não acaba. Talvez diminui, mas não acaba. Dói demais ver que você não consegue nem se entender com a pessoa que você ama, então como fazer com o resto da humanidade? Eu me tranco em casa. Será que nós fomos feitos para ser sozinhos, e automaticamente respondemos com agressão quando uma pessoa se aproxima demais, se adentra demais dentro do território desconhecido que é o coração? Tipo auto-defesa, tipo terminar primeiro para não sofrer depois, e mil outra coisas.
[fim da reflexão, volta ao TCC]
[não ando literária, ando objetiva e jornalistica. pensar demais]