[nada como um dia frio pra gente ficar em casa, pensar na vida e criar personagens sem ter dor no coração que a gente poderia estar fazendo algo melhor na rua. opa, mas isso é tão legal, o que na rua seria tão legal assim?]
acordei sofrendo porque bebi too much cachaças ontem a noite, mas no psicanalista não pode dar balão porque sempre é um dos pontos altos da minha semana. pois fui, agasalhada de menos, e fiquei com frio. e com raiva por estar com frio. pois então, voltei pra casa, com o pé gelado. cheguei, só pensava em colocar meu pijama e meu robe de chambre (hahahaha). só deus sabe porque, antes de realizar esse meu sonho, eu resolvi levar o gato pra passear no térreo do prédio e pegar o jornal. penidão aproveitou pra ir comprar cigarros. ficamos lá fora um pouco, eu, ele, o jornal de sábado, os cigarros e o gato descobrindo o mundo. voltando para o apto, rimos bastante quando dissemos que poderiamos ficar trancados para fora de casa que teriamos um gato, o jornal e os cigarros pra nos entreter por bastante tempo até chegar alguém em casa. ficar observando a psicologia felina, ler a ilustrada, fumar uma cigarreta.
parada em frente a porta, com o gato numa mão e o jornal na outra, observava o penidão colocar a chave na fechadura e girar. girar. girar. girar. girar. girar.
a fechadura tinha quebrado. estávamos eu, ele, o jornal de sábado, os cigarros e o gato trancados para fora de casa. sentei no chão e peguei a ilustrada. ele sentou na escada e acendeu um cigarro. o gato continuou descobrindo o mundo.